O presidente Michel Temer afirmou, em entrevista à Band exibida na noite desta terça-feira (6), que mantém a indicação de Cristiane Brasil (PTB-RJ) para o Ministério do Trabalho e que respeitará a decisão final da Justiça. A nomeação da deputada foi barrada por uma sequência de decisões judiciais e está nas mãos do Supremo Tribunal Federal (STF).
—Evidentemente, eu vou obedecer o que o Judiciário acabar decidindo — disse o presidente.
Temer defendeu a prerrogativa de o presidente da República nomear ministros e comparou a situação da deputada, que é alvo de processos trabalhistas, com a de um ministro dos Transportes que tenha recebido multas de trânsito ou a de um ministro da Saúde que fume.
— Eu estou caricaturando um pouco para demonstrar que até ao nomear eu posso cometer um eventual equívoco administrativo. O que não posso cometer é equívoco jurídico. É por isso que, ao utilizar a competência privativa, como disse, do presidente da República, eu fiz o correto — disse o presidente que declarou não se arrepender de ter escolhido Cristiane Brasil para o cargo.
Combustíveis. Na entrevista à Band, o presidente prometeu soluções para evitar que as distribuidoras de combustíveis repassem ao consumidor apenas os aumentos que saem das refinarias.
— Agora, nós estamos vendo fórmulas jurídicas de como obrigar, quando haja a redução do preço do combustível, que também isso repercuta na bomba — disse. Temer afirma esperar para "logo" dar uma solução para o problema.