A Assembleia Legislativa vota em sessão extraordinária na sexta-feira (22) o projeto de lei complementar que autoriza o Estado a aderir ao Regime de Recuperação Fiscal proposto pela União. O governo ainda não tem garantia dos votos necessários para aprovar a matéria e a oposição diz que pretende impedir a análise do texto. O PDT, por exemplo, que tem sete deputados, já se posicionou contra. Nesta quarta-feira (20), o Piratini e a União superaram o entrave que impedia a adesão gaúcha.
— Essa é uma lei que não tem o que fazer. Ela está lá nessa condição. Ou é assim ou é nada. Aí fica difícil, porque não podemos melhorar o projeto — afirma o líder da bancada do PDT, deputado Gilmar Sossella.
O PP, que é da base do governo Sartori, tem reunião nesta quinta-feira (21) para fechar questão. A tendência é de votar favoravelmente.
— Entendemos que isso é necessário neste momento, porém vamos reunir a bancada, o presidente do partido e os secretários para que possamos tomar uma posição em conjunto — destaca o líder da bancada do PP, deputado João Fischer.
O PTB deverá ir dividido para a votação. Mas também terá reunião da bancada nesta quinta-feira para discutir a matéria.
— Até então não havia se discutido, porque não havia se confirmado a adesão ao regime e me parece que ainda não foi. As notícias que chegam é que foi assinado um protocolo de intenção de aderir ao regime. Então, na reunião da bancada, poderemos debater esse tema — afirma o líder do PTB, deputado Ronaldo Santini.
Nesta quarta-feira (20), o PSDB anunciou a saída do governo Sartori, mas a tendência é que os deputados votem a favor do projeto.
— Acho que vamos ter de debater esse assunto. Não é a maior maravilha para o Rio Grande do Sul, não gostaríamos de estar nesta posição, mas, evidentemente, temos de achar uma saída para o Estado do Rio Grande do Sul — diz Lucas Redecker, líder da bancada do PSDB.
A oposição se movimenta para tentar esvaziar a sessão extraordinária de sexta-feira e não votar a matéria neste ano. A líder da bancada do PT, deputada Stela Farias, classifica a adesão do Estado ao Regime de Recuperação Fiscal como nefasta:
— Querem jogar para responsabilidade da Assembleia a responsabilidade de aprovar algo que não se sabe o que é.