O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, negou nesta quarta-feira (13) que haja um acerto para que a votação da reforma da Previdência ocorra em fevereiro do ano que vem, como chegou a dizer durante a tarde o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR).
Segundo o ministro, uma posição oficial será tomada nesta quinta-feira, após reunião com o presidente Michel Temer e lideranças do Congresso, entre elas o próprio Jucá. Meirelles disse também que o governo ainda trabalha para votar a proposta na semana que vem.
– Eu acabei de falar com ele, Jucá, e ele expressou a sua opinião de que ele acha isso uma solução viável e possível, mas evidentemente que isso não é uma decisão ainda. Continuamos trabalhando para votar o mais rápido possível, se possível na semana que vem – disse Meirelles, após deixar evento com empresários em São Paulo.
O ministro afirmou que a opinião de Jucá é válida e tem de ser respeitada, pela experiência que o senador tem como parlamentar, "mas evidentemente que ele não está na Câmara" e que Jucá não conversou com Temer nem com lideranças da Casa.
– Não há essa decisão no momento – reforçou, acrescentando que a negociação que existe entre Câmara e Senado é para votação do Orçamento de 2018.
Apesar de ter reforçado a intenção de votar a reforma na semana que vem, Meirelles voltou a dizer que, se isso não ocorrer este ano, ficará para o ano que vem.
– Existem soluções que são o ideal e existem as que não são o ideal, mas são viáveis – afirmou o ministro, que disse que deixar para o ano vem "não é novidade", mas alertou para a necessidade de evitar um novo rebaixamento por parte de agências de classificação de risco.