O deputado estadual Jorge Picciani (PMDB/RJ), informou que vai tirar licença de suas atividades parlamentares a partir da próxima terça-feira (21), quando o legislativo fluminense retoma as atividades após o feriado prolongado. O objetivo seria se dedicar à sua defesa na Justiça, retornando ao legislativo apenas no ano que vem.
Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), é um dos investigados na Operação Cadeia Velha, etapa da Lava-Jato sob coordenação do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) no Rio, junto com os também deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, todos do PMDB.
Eles são acusados de receber propina para favorecer empresas do setor de construtoras e concessionárias de transporte público, em troca de decisões favoráveis no legislativo fluminense.
O Estado, que vive uma grave crise fiscal, teria deixado de receber R$ 183 bilhões em decorrência de benefícios fiscais em favor de empresas envolvidas no esquema de corrupção existente desde os anos 90, segundo o MPF.
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) mandou bloquear R$ 271 milhões dos três parlamentares e de mais 10 pessoas e 34 empresas que formariam um conluio com empresários.