Ao concluir o inquérito sobre o "bunker" de R$ 51 milhões encontrado em Salvador (BA), a Polícia Federal apontou indícios de envolvimento do ex-ministro Geddel Vieira Lima e do irmão dele, o deputado federal Lúcio Vieira Lima, ambos do PMDB. Também há suspeita de participação de outras três pessoas nos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. O relatório com as conclusões da PF foi encaminhado ao gabinete do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
No documento, o delegado Marlon Cajado dos Santos cita a participação do ex-assessor parlamentar Job Ribeiro; da mãe de Geddel e Lúcio, Marluce Vieira Lima; e a de Gustavo Ferraz, aliado de Geddel. O trio teria colaborado para a ocultação da quantia encontrada em malas e caixas em um apartamento que estaria emprestado à família.
A partir de agora, caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) decidir se irá denunciar ou não os cinco suspeitos.
O caso do bunker de R$ 51 milhões deve ser melhor esclarecido a partir das informações prestadas por Job Ribeiro, que decidiu colaborar com as investigações. Nesta terça-feira (28), Fachin revogou a prisão domiciliar dele e retirou o uso de tornozeleira eletrônica.
Na decisão, o ministro citou as informações já reveladas pelo ex-assessor, que revelou a devolução de parte do salário que recebia no Congresso à família Vieira Lima e contou que destruiu documentos a pedido de Geddel.