Servidores ligados ao Cpers e ao Sindicato dos Municipários de Porto Alegre (Simpa) realizaram protesto durante a abertura da Feira do Livro de Porto Alegre, nesta quarta-feira (1º). Ambas as categorias estão em greve. "Servidor sem dinheiro, comércio na pindaíba" e "Marchezan contra o comércio" estavam entre as frases que estampavam cartazes dos manifestantes.
O ato começou por volta das 19h, mesmo horário da abertura do evento. Os sindicalistas gritavam frases de ordem como "fora, Marchezan" e "fora, Sartori" e batiam sinetas. O barulho atrapalhou a fala dos oradores nos primeiros cinco minutos da solenidade. Após cerca de 10 minutos, os servidores deixaram o local e saíram em caminhada pela Praça da Alfandega.
A homenagem aos países nórdicos — grupo formado por Finlândia, Suécia, Noruega, Dinamarca e Islândia — nesta edição da feira também foi alvo de críticas. Algumas pessoas mais exaltadas criticavam o gesto, pedindo o reconhecimento da cultura de outros países, como a africana.
— Aqui todos nós somos professores. Respeita a arte — disse a escritora Cintia Moscovich, patrona da Feira no ano passado, a um dos manifestantes mais nervosos.
O diretor-geral do Simpa, Alberto Moura Terres, disse que a participação do sindicato na manifestação faz parte do calendário de atos da entidade, que realizou mobilizações em outras partes da cidade nesta quarta, como nas unidades de pronto atendimento do bairro Bom Jesus e da Vila Cruzeiro.
— Estamos realizando vários atos pela cidade para dar visibilidade à greve e denunciar a intransigência do prefeito Marchezan. Na noite desta quarta, estamos discutindo os próximos passos da greve e o calendário para o fim de semana e para a segunda-feira — disse Terres.
GaúchaZH tentou contato com a presidente do Cpers, Helenir Schürer, mas não obteve retorno até a publicação dessa reportagem.