O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, afirmou nesta terça-feira (31) que o delator e corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro vive da delinquência e da mentira. "Uma pessoa que vive da delinquência, necessariamente, vive da mentira", disse, por meio de nota enviada à imprensa.
Moreira Franco respondeu a uma acusação de Funaro, feita nesta manhã. O delator, que confessou operar propinas para o PMDB em acordo de colaboração premiada, disse em depoimento na 10ª Vara Federal de Brasília que o chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, "com certeza", foi destinatário de parte dos recursos ilegais pagos pelo Grupo Bertin a peemedebistas.
Funaro afirmou que Franco deixou um cargo na Caixa Econômica Federal para ser "tesoureiro da propina" da campanha do presidente Michel Temer, em 2010. Naquele ano, o atual presidente elegeu-se vice pela primeira vez na chapa da ex-presidente Dilma Rousseff. Funaro também disse que o presidente recebeu, na ocasião, R$ 2 milhões. De acordo com o delator, o dinheiro era ilegal, mas foi pago por uma empresa de energia do grupo Bertin como contribuição de campanha declarada à Justiça Eleitoral. Temer negou.