Discretamente, o presidente Michel Temer comemorou seus 77 anos junto da família neste sábado (23). Pela manhã, Temer tomou café da manhã com filhos e netos em São Paulo. Sem agenda pública oficial, o peemedebista voltou a Brasília, onde passa a tarde com a primeira-dama Marcela Temer e o filho Michelzinho no Palácio do Jaburu.
Às vésperas do início da tramitação da segunda denúncia da Procuradoria Geral da União (PGR) na Câmara dos Deputados, Temer deve receber aliados no domingo (24). Os encontros com líderes da base governista aos domingos já se tornaram tradicionais. Entre felicitações pelo aniversário e definições de agenda da semana, Temer deve discutir a estratégia para driblar mais uma denúncia.
O novo pedido da PGR deve começar a tramitar efetivamente na Câmara na segunda-feira (25), a partir da leitura no plenário da Câmara da peça produzida pelo ex-procurador-geral Rodrigo Janot.
Após a leitura, Temer e os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria Geral da Presidência da República) serão notificados. Na sequência, a denúncia será encaminhada para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), momento do processo em que começa a contar o prazo de 10 sessões plenárias para a entrega da defesa de Temer.
A Secretaria Geral da Mesa Diretora da Câmara decidiu enviar a denúncia conjunta para a CCJ sem a recomendação de desmembramento. Líderes do Centrão - bloco que reúne partidos como PP, PR, PTB, PSD, entre outros - defendem o fatiamento da denúncia, separando a acusação imputada a Temer do conteúdo que trata dos ministros.
Técnicos da CCJ estão reunidos neste fim de semana para discutir se há alguma possibilidade regimental e jurídica para o desmembramento da denúncia. Inicialmente, o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), disse acreditar que não cabe a separação da denúncia. Na terça-feira (26), Pacheco deve anunciar o escolhido para relatar o pedido da PGR.