O plenário do Senado deverá votar, nesta quinta-feira (28), se aceita ou não o afastamento de Aécio Neves (PSDB-MG), determinado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na última terça (26). Para que o tucano tenha o mandato suspenso, são necessários 41 votos entre 81 senadores.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB), consultou os líderes dos partidos antes de decidir por colocar a decisão do STF em votação no plenário. O peemedebista também conversou com a presidente da Suprema Corte, Cármen Lúcia, na noite de quarta-feira (27), após ser notificado oficialmente pela Justiça sobre o afastamento de Aécio.
Eunício vinha sendo pressionado por senadores da base e da oposição para que a decisão do STF fosse votada no plenário. De acordo com a Folha, articuladores avaliam que apenas 12 ou 13 parlamentares votarão contra Aécio, o que manteria o tucano no cargo. Adversário histórico do PSDB, o próprio Partido dos Trabalhadores (PT) se posicionou contrariamente à decisão do Supremo e deverá apoiar o senador mineiro.
A expectativa dos tucanos é apreciar de forma simultânea o recolhimento noturno do ex-governador de Minas Gerais e o afastamento do mandato. Com isso, os senadores acreditam que há chance maior de que ambas as medidas cautelares sejam anuladas.
Nesta quinta-feira, ainda conforme a Folha, Eunício deverá coordenar reunião de líderes às 10h para encaminhar a votação no plenário. O presidente do Casa pediu para que os senadores evitem viajar e deem o quórum para apreciar o caso de Aécio.