Em mensagem de despedida enviada aos membros do Ministério Público Federal (MPF), o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot afirmou que "escroques ainda ocupam vistosos cargos" no país e disse esperar que o "trabalho coletivo de combate à corrupção sirva como inspiração para a atual e futuras gerações" de "brasileiros honrados e honestos".
"Precisamos acreditar nessa ideia e trabalhar incessantemente para retomar os rumos deste país, colocando-o a serviço de todos os brasileiros, e não apenas da parcela de larápios egoístas e escroques ousados que, infelizmente, ainda ocupam vistosos cargos em nossa República", disse Janot conforme o jornal Folha de S.Paulo.
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Responsável pelo comando da Operação Lava-Jato desde o início, em 2014, Janot desejou "sorte" e "energia" à sucessora, Raquel Dodge, que tomou posse nesta segunda-feira (18). Na mensagem enviada aos procuradores pouco antes da meia-noite de domingo (17), nos últimos minutos como chefe do MPF, o ex-procurador-geral informou que não iria transmitir o cargo e frisou que foi escolhido como primeiro na lista tríplice votada pelos procuradores da República — Raquel obteve a segunda colocação, mais foi conduzida à chefia da Procuradoria por indicação do presidente Michel Temer.
"Por motivos protocolares, não poderei transmitir o cargo a minha sucessora, mas desejo-lhe sorte e sobretudo energia para os anos que virão. Que a nova PGR encontre alegria mesmo diante das adversidades e que seja firme frente aos desafios", disse Janot na mensagem segundo a Folha.
Janot ainda afirmou que entregará "um Ministério Público diferente" daquele que recebeu dos antecessores.