Após duas reuniões sem conseguir colocar em votação os mais de 200 requerimentos na pauta, a CPI da JBS aprovou, em cerca de 10 minutos, mais de 50 dos pedidos feitos por integrantes do colegiado. Entre eles, o convite para ouvir o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que deixou o cargo no domingo passado (17).
Os requerimentos foram aprovados na manhã desta quinta-feira (21), em votação simbólica. Dos 37 parlamentares que fazem parte do colegiado, 12 estavam presentes no momento da aprovação.
— Não concordo que o ex-procurador venha como investigado, mas sim como convidado. Que ele venha para tirar dúvidas. Mas que não venha um deputado para trazer ataques em tom de vingança — afirmou o deputado Delegado Francischini (SD-PR), um dos sub-relatores da CPI.
Além de Janot, a comissão ainda aprovou convite para ouvir o procurador Eduardo Pelella, que foi chefe de gabinete do ex-procurador-geral.
— Parece que a todo momento temos que pedir desculpas por convocar A ou B. Mas está claro no requerimento de criação da CPI o objetivo de investigar o acordo de colaboração. Estaríamos (em) prevaricação se não chamarmos os envolvidos no acordo — disse Carlos Marun (PMDB-MS), relator da CPMI, ao justificar o convite a Pelella.
Até o momento, também foram aprovados convites para falar na CPI o ex-presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Porciúncula Gomes Pereira, e Márcio Lobo, advogado da Associação de Acionistas Minoritários (Aidmin).