Então vice da chapa de Dilma, Michel Temer assumiu em definitivo a presidência da República em 31 de agosto de 2016, após a aprovação do impeachment pelo Senado. Em maio, Temer já havia assumido provisoriamente o cargo durante o processo de Dilma .
Antes disso, as diferenças entre Dilma e Temer se tornavam cada vez mais públicas, e o peemedebista não escondia sua insatisfação com o pouco protagonismo que lhe era reservado – ele mesmo se disse decorativo em carta encaminhada à petista antes de sua deposição.
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Depois de assumir o poder, em sua primeira manifestação como ocupante do cargo mais elevado do Planalto, Temer rebateu as críticas de que o processo que o colocou como presidente seria golpe:
– Golpista é você, que está contra a Constituição. Não vamos levar ofensa para casa. Precisamos responder – discursou o então novo chefe da nação, em dura manifestação, durante reunião ministerial realizada minutos após sua posse definitiva.
Os alvos dos recados foram os aliados de Dilma e o PT, que batiam na tecla do "golpe" insistentemente ao se referir ao impeachment.
Já no primeiro pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão depois de ser empossado, Temer optou por um discurso agregador. Em fala que durou aproximadamente cinco minutos, ele afirmou que era hora de pacificar o país e que "o pior já passou":
– O momento é de esperança e de retomada da confiança no Brasil. A incerteza chegou ao fim. É hora de unir o país e colocar os interesses nacionais acima dos interesses de grupos. Esta é a nossa bandeira.
Os 365 dias que seguiram-se, porém, mostraram que colocar a casa em ordem não é tão simples.