O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu, nesta sexta-feira (2), ao Supremo Tribunal Federal (STF) nova autorização para investigar o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), desta vez por lavagem de dinheiro. O pedido foi feito no início da noite desta sexta após o parlamentar afastado ter sido denunciado pelos crimes de corrupção passiva e obstrução da Justiça.
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De acordo com Janot, as provas colhidas nas buscas e apreensões realizadas na Operação Patmos apontam para o suposto cometimento de novos crimes, que ainda precisam de aprofundamento nas investigações.
Denúncia
Na denúncia apresentada ao Supremo, Janot acusa Aécio Neves de solicitar R$ 2 milhões ao empresário Joesley Batista, um dos delatores da JBS. A irmã do parlamentar, Andrea Neves, o primo de Aécio, Frederico Pacheco, e Mendherson Lima, ex-assessor do senador Zezé Perrela (PMDB-MG), também foram denunciados.
Todos foram citados na delação premiada da JBS. De acordo com o procurador, o recebimento do valor teria sido intermediado por Frederico e Mendherson, que teria entregue parte dos recursos em uma empresa ligada ao filho de Perrella. A denúncia está baseada em gravações feitas pela Polícia Federal (PF), durante uma ação controlada.
A defesa do senador afastado têm alegado que o pedido de dinheiro a Joesley Batista, feito em conversa gravada pelo delator, foi um empréstimo. Em vídeo divulgado recentemente, Aécio disse que o valor se referia à venda de um apartamento da família dele a Joesley. Segundo ele, a partir daí Joesley teria armado uma situação na qual o empréstimo de R$ 2 milhões pareceria um ato ilegal. O senador nega que tenha havido qualquer contrapartida pelo empréstimo, descaracterizando atos de corrupção.
*Agência Brasil