Em meio aos confrontos entre a Polícia Militar (PM) e manifestantes no entorno da Esplanada dos Ministérios, deputados da base e da oposição trocaram socos, empurrões e pontapés, na tarde desta quarta-feira (24), na Câmara dos Deputados. A confusão foi generalizada, e o deputado André Fufuca (PP-MA), que presidia a sessão no momento, pediu o auxílio de seguranças da Casa.
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O estopim para o plenário virar campo de batalha foi a declaração do ministro da Defesa, Raul Jungmann, de que a decisão do presidente Michel Temer de decretar uma ação de Garantia da Lei e da Ordem, com uso de tropas federais, foi tomada após solicitação de Rodrigo Maia por causa da violência dos manifestantes na Esplanada do Ministérios.
Maia, então, deixou o plenário para se reunir com os líderes, mas teve que retornar pouco tempo depois porque deputados da oposição e da base de apoio ao presidente Michel Temer começaram a trocar socos e empurrões. Ele teve que voltar para dar mais explicações e tentar acalmar os ânimos. Acabou suspendendo a sessão.
Entre os que estavam no meio do empurra-empurra, foi possível ver os deputados Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Carlos Marun (PMDB-MS), da base, e Alessandro Molon (Rede-RJ), da oposição. Mas a confusão envolveu grande número de parlamentares.
Mais cedo, os deputados federais Darcísio Perondi (PMDB-RS) e Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) se empurraram durante a sessão plenária da Câmara na tarde desta quarta-feira (24). A confusão ocorreu na Mesa Diretora do plenário, onde parlamentares da oposição subiram em protesto, pedindo o encerramento dos trabalhos. A briga fez com que a sessão fosse suspensa pela segunda vez.
Parlamentares do PT, PDT, PSOL e Rede subiram à Mesa Diretora e ficaram ao lado do 2º vice-presidente da Casa, deputado André Fufuca (PP-MA), que presidia a sessão, para pressionar o parlamentar maranhense a encerrar os trabalhos. Ao ver o protesto, deputados governistas também subiram, para tentar "proteger" Fufuca da pressão. Foi neste momento que Edmilson e Perondi se empurraram.
Os opositores protestam contra a reação da polícia à manifestação realizada em frente ao Congresso Nacional contra as reformas trabalhista e da Previdência e contra o governo Michel Temer, abalado por crise política deflagrada pela delação premiada da JBS. Eles gritam palavras de ordem contra o governo como "Fora Temer" e "O povo quer votar, diretas já". "Lula na cadeia", reagem parlamentares da base.
*Estadão Conteúdo