Demitido do Ministério da Justiça no domingo (28), Osmar Serraglio (PMDB-PR) rejeitou o convite do presidente Michel Temer para ocupar o cargo de ministro da Transparência. Com a decisão, Serraglio reassumirá o seu mandato como deputado federal e deixará sem vaga no Legislativo o seu suplente, Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), investigado com Temer e Aécio Neves (PSDB-MG) por conta da delação dos proprietários da JBS. Assim, Loures perde a prerrogativa de foro privilegiado.
Após a demissão, Serraglio foi convidado por Temer para assumir a pasta até então ocupada por Torquato Jardim que, por sua vez, assumiu o Ministério da Justiça.
Leia mais:
Estratégia de Temer para reforçar defesa no TSE gera desconforto na Corte
Rocha Loures negocia delação premiada, diz jornal
Opinião: a demissão de Osmar Serraglio tem relação, sim, com a Lava-Jato
Na carta enviada ao presidente da República (leia abaixo) e divulgada por sua assessoria de imprensa na manhã desta terça-feira (30), Serraglio agradece pela oportunidade de ter sido ministro e anuncia a volta ao Legislativo: "Volto para a Câmara dos Deputados, onde prosseguirei meu trabalho em prol do Brasil que queremos", escreveu ele.
Apesar de o anúncio ter sido feito no dia 28, por meio de nota do Palácio do Planalto, as exonerações e nomeações ainda não foram publicadas no Diário Oficial da União.
Leia a íntegra da carta divulgada pela assessoria de Serraglio:
"Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
Agradeço o privilégio de ter sido Ministro da Justiça e Segurança Público do nosso País.
Procurei dignificar a confiança que em mim depositou.
Volto para a Câmara dos Deputados, onde prosseguirei meu trabalho em prol do Brasil que queremos."