Em sua primeira manifestação após a revelação da delação premiada da gigante de carne JBS, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB-SP) defendeu, no início da tarde desta quinta-feira (18), a renúncia dos envolvidos nas suspeitas, caso não consigam se explicar.
Ele não cita nomes no texto, mas dois dos principais alvos das gravações são o presidente Michel Temer (PMDB-SP), que teria sido gravado dando aval para que a empresa comprasse o silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha, e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-SP), que teria sido flagrado pedindo propina para empresário. Os tucanos integram a base aliada do governo Temer. O terceiro grande nome atingido pelas denúncias é do petista Guido Mantega, que atuou como ministro da Fazenda nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT-SP) e Dilma Rousseff (PT-RS).
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Em postagem no Facebook, Fernando Henrique escreveu: "Se as alegações de defesa não forem convincentes, e não basta argumentar são necessárias evidências, os implicados terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia. O país tem pressa. Não para salvar alguém ou estancar investigações".
Apesar da pressão de aliados como FHC, Temer negou, em pronunciamento nesta tarde, que ele irá renunciar. O presidente pediu investigação "plena" da suspeita de ter autorizado a compra do silêncio de Cunha.
Leia o post do ex-presidente na íntegra: