O escritório Arns de Oliveira & Andreazza Advogados Associados informou nesta quinta-feira (18) que "não advoga mais" para o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) em ação penal na Operação Lava-Jato. Os defensores não apontaram os motivos da renúncia. Afirmaram apenas que substabeleceram o caso para os advogados que já estão na defesa.
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Marlus Arns foi contratado em 20 de outubro do ano passado, um dia depois de Eduardo Cunha ser preso por ordem do juiz Sergio Moro – símbolo da Lava-Jato que condenou o deputado cassado a 15 anos e quatro meses de prisão.
Nesta quinta-feira (18), o peemedebista foi alvo de novo mandado de prisão na Operação Patmos que cerca o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e familiares do tucano.
A Patmos também aponta para Altair Alves Pinto, suspeito de transportar dinheiro em espécie destinado a Eduardo Cunha. A Polícia Federal (PF) fez buscas na casa de Altair, no Rio.
O advogado Marlus Arns representava o peemedebista em uma ação penal perante o juiz Moro. Neste processo, o ex-presidente da Câmara foi condenado a 15 anos e 4 meses de prisão na Lava-Jato por propinas na compra do campo petrolífero de Benin, na África, pela Petrobras, em 2011. O peemedebista foi sentenciado por crimes de corrupção, de lavagem e de evasão fraudulenta de divisas.
O criminalista amarrou os acordos de colaboração dos empreiteiros Dalton Avancini, Eduardo Leite e Paulo Augusto Santos, da Camargo Corrêa, e do empresário João Bernardi Filho, todos investigados na Lava-Jato.