O prédio do Congresso Nacional amanheceu com segurança reforçada nesta sexta-feira (28). As visitas guiadas às dependências da Câmara e do Senado, que já estão suspensas há uma semana, continuam interrompidas por prazo indeterminado.
Desde a meia-noite, o acesso de carro à Esplanada dos Ministérios foi fechado. Servidores e demais funcionários dos ministérios só conseguem chegar aos seus locais de trabalho a pé ou por vias auxiliares.
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Além do gramado em frente ao Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério das Relações Exteriores foram cercados por grades. Muitos ministérios estão com parte das fachadas coberta por tapumes.
A Secretaria de Cultura do Distrito Federal informou que a Biblioteca Nacional, o Museu da República, o Centro Cultural Três Poderes e o Memorial dos Povos Indígenas, que ficam na Esplanada, também não abrirão nestas sexta por causa dos protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência propostas pelo governo do presidente Michel Temer.
O governo do Distrito Federal não informou quantos policias militares atuarão no reforço da segurança, mas muitos do serviço administrativo podem ser acionados para atuar nas principais vias do DF, juntamente com o Batalhão de Choque, a Cavalaria e a Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas).
Apesar de vários carros de som de centrais sindicais estacionados no começo da Esplanda, até a publicação desta reportagem ainda não havia movimentação de manifestantes na região, mas a expectativa é de que ainda hoje, pelo menos 10 mil passem pelo local. Para evitar tumulto, dois cordões de revista pessoal serão montados pela PM nos acessos à Esplanada pela rodoviária do Plano Piloto e pelos anexos dos ministérios. Não será permitido chegar ao local com cabos de bandeiras, sprays, objetos perfurantes ou cortantes, flechas e garrafas de vidro.
O esquema montado para hoje prevê ainda equipes do Batalhão de Trânsito e do Corpo de Bombeiros na área central da capital federal para atender a emergências.
*Estadão Conteúdo