Em jantar com deputados da base aliada nesta segunda-feira, o presidente Michel Temer fez um apelo para que o texto da reforma da Previdência seja votado na Câmara sem grandes alterações.
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Temer decidiu assumir a frente da articulação política do governo para garantir a aprovação da proposta após parlamentares da própria base terem criticado o texto enviado pelo governo e sinalizado que fariam mudanças no projeto.
Para o Palácio do Planalto, são consideradas cláusulas "pétreas" da reforma pontos como a fixação da idade mínima de 65 anos para a aposentadoria de homens e mulheres e as regras de transição.
Após o encontro, o líder do PSDB na Câmara, Ricardo Tripoli (SP), disse acreditar que o projeto será aprovado com algumas alterações, mas mantendo a essência do texto.
Reservadamente, porém, deputados afirmaram que será difícil passar o texto do jeito que está. Segundo um deputado presente no encontro, o grupo deixou claro a Temer e à equipe econômica que a proposta será alterada.
O próprio relator da reforma, deputado Arthur Maia (PPS-BA), tem defendido que as regras de transição são muito abruptas. Pela manhã, ele esteve com o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para apresentar os pontos que os parlamentares gostariam de alterar no texto.
Durante o encontro, Temer afirmou que a equipe econômica, incluindo Meirelles, esta à disposição dos deputados para tirar dúvidas e debater ponto a ponto do projeto. O presidente pediu para que os líderes reúnam as suas bancadas para discutir o tema.
Nesta terça-feira, por exemplo, Meirelles já tem um encontro marcado com parlamentares do PMDB. Pelo cronograma do governo, a reforma da Previdência deverá ser aprovada na Câmara até maio.
*Estadão Conteúdo