Sob protesto da oposição, o plenário da Câmara dos Deputados aprovou, no início da noite desta quarta-feira, em votação simbólica, o requerimento de encerramento da discussão do projeto que regulamenta a terceirização em todas as atividades de empresas privadas e no serviço público. Sob gritos de "não, não à terceirização", deputados da oposição ocuparam o centro do plenário segurando boias com o formato de patos. O protesto foi uma alusão ao inflável utilizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) em campanha contra a recriação da CPMF e outros impostos no governo da ex-presidente Dilma Rousseff. A Fiesp defende a terceirização, além de outras mudanças na legislação trabalhista.
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– Os patos da Fiesp estão devorando o direito de emprego do trabalhador, da negociação coletiva dos sindicatos, daquilo que ele conquistou em suas campanhas salariais. Precisamos melhorar a qualidade de vida do povo, e não piorar as suas condições de trabalho – disse o líder do PT Carlos Zaratini (SP).
Em seguida, a oposição voltou com o chamado "kit obstrução", através de requerimentos, solicitando o adiamento da votação. Mesmo com a obstrução, Maia havia dito, mais cedo, que só vai encerrar os trabalhos quando a votação do projeto for encerrada. Trabalhadores e integrantes de centrais sindicais ocupam as galerias do plenário e protestam contra a votação do projeto.
Bancadas da oposição e o PPS apresentaram destaques para alterar o texto apresentado pelo relator Laercio Oliveira (SD-SE). Segundo o relator, o projeto não retira direitos.
– Faço um desafio: apontem dentro do texto um item sequer que retire direitos dos trabalhadores. Não existe – disse.
O PT apresentou três destaques. O PDT, PCdoB, PSOL e PPS apresentaram um destaque cada.
*Agência Brasil