Correção: entre 9h50min e 13h54min, o texto informava incorretamente que Protógenes havia sido eleito deputado federal pelo PSOL. O partido correto é PC do B. O texto foi corrigido.
A juíza federal substituta Andréia Moruzzi, da 1ª Vara Federal Criminal, mandou prender o ex-delegado Protógenes Queiroz. A decisão foi disponibilizada na Justiça Federal nesta sexta-feira. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a decisão foi tomada após o ex-delegado faltar a uma audiência no início de março, na qual seria definido de que forma Protógenes cumpriria a pena em que foi condenado à prestação de serviços pelo vazamento de informações da Operação Satiagraha a jornalistas.
Protógenes foi o delegado da Polícia Federal que, em 2008, deflagrou a polêmica Operação Satiagraha, que levou à prisão o banqueiro Daniel Dantas – mais tarde inocentado pelos tribunais superiores. Posteriormente, foi eleito deputado federal pelo PC do B de São Paulo, exercendo mandato na Câmara entre 2011 e 2015.
Em 2010, foi condenado pelo juiz federal Ali Mazloum, da 7ª Vara Criminal Federal de São Paulo, a uma pena de três anos e quatro meses de reclusão pelos crimes de violação de sigilo funcional e fraude processual – delitos que Protógenes nunca admitiu ter cometido. No ano passado, a sentença transitou em julgado, após o Supremo Tribunal Federal (STF) manter a condenação de Protógenes.
O ex-delegado alega perseguição e passou a viver na Suíça depois da condenação. De acordo com o advogado Adib Abdouni, Protógenes está com o passaporte retido e só pode cumprir a detenção no país europeu.
– Ele não se negou a colaborar nem a cumprir a pena – garantiu à Folha.
Conforme o advogado, Protógenes fez uma cirurgia na perna e não teria como viajar ao Brasil para estar na audiência. A defesa ingressará com um pedido de habeas corpus para tentar suspender a decisão da Justiça Federal.
*Zero Hora, com informações de Estadão Conteúdo