A defesa do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) entregou nesta quarta-feira ao juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava-Jato na Justiça federal em primeira instância, em Curitiba, laudos médicos que atestam um "aneurisma intracraniano na artéria cerebral esquerda". O ex-deputado revelou o problema ao magistrado na terça-feira, ao ser interrogado pela primeira vez como réu da Lava-Jato. Ele está preso desde outubro de 2016, em Curitiba.
Nesta quarta, o Departamento Penitenciário do Paraná pretendia fazer exames médicos para comprovar a doença, mas Cunha não quis se submeter aos procedimentos. O diretor do Depen, Luiz Alberto Cartaxo, relatou que o ex-deputado informou ao corpo médico do Complexo-Médico Penal (CMP) em 21 de dezembro possuir a doença, mas não encaminhou os exames relativos ao diagnóstico do aneurisma.
Sua defesa protocolou na Justiça uma série de laudos indicando que o problema foi identificado em 2015 e que ele deve passar por avaliações periódicas a cada seis meses. Cunha pediu ainda a revogação de sua prisão ao juiz Sérgio Moro, alegando que ele não oferece mais riscos de fuga ou a ordem pública.