Ameaçado de expulsão do PDT, o senador Lasier Martins decidiu deixar o partido. Ele formalizou o pedido de desfiliação na manhã desta quarta-feira (21). O parlamentar pretende definir seu futuro até o final de janeiro.
Os atritos com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, pesaram na decisão do senador. No último dia 14, Lupi declarou em entrevista que abriria um processo de expulsão de Lasier e do colega Telmário Motta (RR), em razão dos votos favoráveis à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do teto de gastos. O gaúcho já havia desagradado a Lupi por ter apoiado o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
"Saio por duas razões: ameaça deselegante e desrespeitosa de anunciar publicamente que ia (Lupi) reunir o diretório para expulsar os remanescentes que votaram pela Pec do teto, e porque o PDT não evolui, vive a legislação de 1950 e 1960", afirma o parlamentar.
Lasier formalizou o pedido de desfiliação em carta endereçada ao deputado federal Pompeo de Mattos, presidente do PDT no Estado. Ele também comunicou a Justiça Eleitoral sobre a saída do partido. Eleito senador em 2014, Lasier não poupava críticas ao trabalho de Lupi, em especial pela proximidade com o PT.
"A estagnação do PDT se deve muito ao Lupi, que é mandão e não quer largar o cargo", avaliou.
A ideia de deixar o partido era avaliada há meses por Lasier, que já recebe sondagens. Segundo ele, foi procurado por lideranças do PSDB, PMDB, PSC, PSD, PR, PV, PPS, Rede, PP, Prós, Solidariedade e DEM.