O governo conseguiu dar sequência à PEC do Teto, mas perdeu alguns votos no Senado em relação ao primeiro turno. A votação desta terça-feira, 53 foram a favor da proposta contra 16, diferente do placar do primeiro turno, que terminou em 61 a 14. Dez senadores da base deixaram de participar da votação, além do senador Dário Berger (PMDB-SC), que mudou de voto.
O grupo de faltosos é composto por senadores próximos ao governo. Veja quem são eles:
– Rose de Freitas (PMDB-ES), que foi líder do governo
– Jader Barbalho (PMDB-PA)
– João Alberto Souza (PMDB-MA), que é presidente do Conselho de Ética do Senado e aliado do ex-presidente José Sarney
– Marcelo Crivella (PRB-RJ), prefeito eleito do Rio de Janeiro
– Fernando Collor (PTC-AL)
– Davi Alcolumbre (DEM-AP)
– Virginio de Carvalho (PSC-SE)
– Wilder Morais (PP-GO)
– Zeze Perrella (PTB-MG).
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Todos haviam participado da votação anterior. O senador Romário (PSB-RJ), que é da base do governo, faltou aos dois turnos de votação da PEC do Teto.
Do outro lado, a oposição conseguiu abrir dois votos em relação ao primeiro turno: o voto do senador Roberto Requião (PMDB-PR), declaradamente contra a PEC, mas que não havia votado da primeira vez, e do senador Dário Berger, que é do PMDB, o que configuraria uma traição à base. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que é de oposição, chegou atrasado e não votou.
A PEC foi aprovada com quórum de 70 senadores. Entre o momento de abertura do painel de votação e o resultado, Renan Calheiros, que não vota por ser presidente da Casa, tentou manter a sessão em continuidade para conseguir quórum no plenário, onde havia pouco mais de 50 senadores, grande parte de oposição.
Mais cedo, o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), que é da base do governo, insinuou que a renúncia de Michel Temer poderia ser a solução para a crise institucional. Entretanto, ele votou a favor da PEC.