Os deputados da base do governo e da oposição já começaram a analisar as propostas sugeridas para enfrentar a crise econômica do Estado. As medidas serão protocoladas nesta terça-feira em regime de urgência pelo chefe da Casa Civil do Piratini, Márcio Biolchi.
Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Gabriel Souza (PMDB) reconhece que as propostas são polêmicas, encontrarão resistências e que haverá enfrentamento com estruturas antigas.
– Se convencermos a opinião pública teremos condições de ter sucesso. O governo vai trabalhar para aprovar o pacote na íntegra – avalia Souza.
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Sobre a alteração na forma de repasse dos recursos para os demais poderes, o chamado duodécimo, o deputado destacou que é preciso sair da zona de conforto e que é necessário fazer alguns enfrentamentos.
– Não podemos ter ilhas no serviço público que não serão atingidas. É injusto que o Poder Executivo pague sozinho com a crise que o país está vivendo – destaca o parlamentar.
Já o deputado Luiz Fernando Mainardi (PT) acredita que alguma proposta pode até receber votos da oposição. Porém, o parlamentar contesta o que chama de pacote depressivo, por não apresentar alternativas para que o Estado aumente o seu poder de arrecadação e que estimule a economia.
– Os governos anteriores sempre encontraram soluções. A base do governo vai se dividir sim. Se as medidas são tão impopulares como diz o governo será que elas são tão necessárias? – questiona Mainardi.
Sobre o duodécimo, o deputado informa que os demais poderes já estão fazendo sua parte. Na sua avaliação, pode até haver redução de gastos, desde que negociado.
– Estender o caos para os outros poderes não é a solução. O executivo tem que resolver os problemas do executivo. Os poderes reduziram de 15% para 10% a sua receita corrente líquida – critica o deputado da oposição.
Para o deputado Eduardo Loureiro (PDT), o governo deve perseguir o equilíbrio financeiro tornando o Estado mais eficiente, mas essa racionalização precisa ser feita com muito critério.
– Não podemos apenas ver o aspecto financeiro. O Estado precisa prestar serviços para a sociedade.
O parlamentar se coloca contra a forma para propor a privatização da CEEE e Sulgás quanto a forma. Ele defende a realização de um plebiscito para saber a vontade da população. Já sobre a extinção das fundações, Loureiro informa que a situação será analisada individualmente. Porém, destaca que não haverá mudança nas discussões sobre o fechamento da Fundação Zoobotânica, que já recebeu voto contrário dos deputados do PDT.
– Não podemos apenas ver o aspecto financeiro. O Estado precisa prestar serviços para a sociedade – pondera Loureiro.
Veja quais são as propostas do Piratini: