O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), trocou farpas com o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) durante a votação em segundo turno dos destaques da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que cria um teto para os gastos públicos, na madrugada desta quarta-feira, 26.
– Deputado, não precisa apontar o dedo. Eu não tenho medo do seu dedo. O senhor pode colocar seu dedo onde vossa excelência quiser. Não venha para cima de mim, não – afirmou Maia em tom exaltado, após Teixeira fazer uma reclamação contra a condução dos trabalhos da sessão com o dedo em riste.
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Maia ficou irritado quando Teixeira o acusou de não reagir adequadamente com uma questão de ordem apresentada pela deputada Erika Kokay (PT-DF). A petista havia reclamado que outros parlamentares não estavam respeitando a fala de lideranças da oposição durante a sessão.
Ao responder a questão de ordem apresentada por Erika, Maia criticou a petista. O presidente da Câmara afirmou que a deputada do Distrito Federal deveria ter feito o questionamento quando manifestantes nas galerias faziam barulho enquanto deputados da base aliada discursavam em plenário.
– Ou vossa excelência consegue colocar ordem no plenário para que todos escutem todos, ou este plenário passará a ser um lugar inaceitável de se conviver – afirmou Teixeira – Ou vossa excelência se comporta como presidente desta Casa... – tentou concluir, quando foi interrompido por Maia.
– Eu abri a galeria, fiz um acordo e fomos desrespeitados aqui. Pode berrar a vontade. Está pensando o que? Quem abriu a galeria fui eu, não foi a base, não – retrucou Maia a Teixeira. Os manifestantes foram retirados por ordem do presidente da Câmara, por protestarem em voz alta durante a sessão.
*ESTADÃO CONTEÚDO
Gastos Públicos
Rodrigo Maia bate-boca com deputado do PT durante votação da PEC 241
"O senhor pode colocar seu dedo onde quiser", disse o presidente da Câmara ao deputado Paulo Teixeira (PT-SP)
Estadão Conteúdo
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