O governador licenciado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou que a segurança pública é vital e que o projeto das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) vai continuar apesar da crise financeira que assola o Estado. Pezão não garantiu o pagamento do 13º e dos salários dos policiais em dezembro. Ele afirmou ainda que reassumirá o comando do governo em 31 de outubro.
– Tem uma série de medidas que vamos tomar até o final de outubro e esperamos viabilizar esses pagamentos. Todo mês tem sido uma luta muito grande. A gente espera que isso (atraso nos pagamentos) não ocorra – afirmou em entrevista ao RJTV.
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Enquanto o Rio volta a sofrer com problemas de segurança e o secretário da pasta, José Mariano Beltrame, deixa o cargo após dez anos de gestão, Pezão afirma que manterá a despolitização na indicação de delegados e comandantes de batalhões no Estado. O governador afirmou que o substituto de Beltrame, Roberto Sá, terá autonomia.
– Eu não vou interferir. Ele tem autonomia total para montar a equipe dele – disse ao ser questionado sobre quem assumiria o cargo de chefe da Polícia Civil, após o anúncio da saída de Fernando Veloso, nesta quarta-feira.
Pezão garantiu que as UPPs serão mantidas.
– Vou fazer todos os esforços para solidificarmos o projeto de UPPs. Vou me dedicar totalmente, apesar do momento difícil – disse.
O governador elogiou o currículo de Sá, que já passou pela Polícia Militar, é policial federal e formado em Direito, além de ter sido o braço direito de Beltrame.
– Ele fazia toda a interface entre os delegados e a Polícia Militar. É uma pessoa super preparada e conhece a segurança pública como ninguém – destacou.
Os dois tiveram uma longa conversa na tarde de terça-feira.
Licenciado do governo do Estado desde março para tratar um câncer linfático, Pezão disse que reassume o governo no dia 31 de outubro.
– Eu quero (votar) dia 31 de outubro, se Deus quiser. Meu médico está praticamente me liberando, ainda tenho alguns problemas de taxas, mas volto dia 31 – afirmou.
O governador destacou que o interino Francisco Dornelles continuará tendo um papel relevante no governo, já que ele não poderá manter uma jornada de trabalho de 16 horas diárias como fazia antes da doença.
– Eu e Dornelles trabalhamos juntos. Ele estará me ajudando – disse.
*Estadão Conteúdo