Um dia depois de ser empossado presidente da República, Michel Temer chegou à China no final da noite desta quinta-feira para seu primeiro encontro internacional como presidente do Brasil. Temer desembarcou em Xangai junto com o presidente do Senado, Renan Calheiros, e o ministro de Relações Exteriores, José Serra.
Temer afirmou, em seu primeiro compromisso em Xangai, que a opção por manter a ex-presidente Dilma Rousseff habilitada para ocupar cargos públicos não foi uma manobra, mas "uma decisão que se tomou".
– Não se tratou de uma manobra, tratou-se de uma decisão que se tomou. Desde o começo, ainda como interino, digo sempre que aguardo respeitosamente a decisão do Senado Federal. Se o Senado tomou essa decisão, certa, errada, não importa, o Senado tomou a decisão – disse, durante encerramento de um seminário que reuniu empresários dos dois países.
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A atração de investimentos chineses para projetos de infraestrutura no Brasil estará no centro da visita que o presidente Michel Temer realiza a partir desta sexta-feira, 2, à China. O assunto deverá ser abordado no encontro que ele terá com seu colega chinês, Xi Jinping, e em seminário que reuniu empresários dos dois países em Xangai.
No evento, serão assinados contratos de investimentos chineses de pelo menos US$ 10 bilhões no Brasil, em setores como logística e siderurgia. Também serão fechados acordos comerciais, entre os quais o que prevê a venda de aviões da Embraer a companhias aéreas chinesas.
A mensagem de Temer e de seus assessores é a de que o período de instabilidade política no Brasil foi superado e que seu governo está tomando as medidas necessárias para ajustar a economia e dar segurança aos que coloquem capital em grandes projetos de infraestrutura.
O principal motivo da viagem de Temer à China é a reunião do G20, grupo que reúne as 20 principais economias do mundo, que vai acontecer entre os dias 4 e 5 de setembro.
* Com agências