A candidata do PSOL à prefeitura de Porto Alegre, Luciana Genro, foi a convidada desta quinta-feira (22) da série de entrevista com os candidatos no programa Gaúcha Atualidade. Entre os temas comentados por Luciana Genro, estiveram a composição do secretariado, impostos e a relação com movimentos sociais nas ruas de Porto Alegre.
Luciana afirmou estar otimista em relação ao desempenho na eleição, embora apresente um dos mais altos índices de rejeição. A candidata lembra que está em segundo lugar, num empate técnico com outros adversários, e que o segundo turno garantirá tempos iguais para os dois candidatos.
Ela rebateu o rótulo de "radical". Luciana diz que, caso ganhe, poderá exercer a suas qualidades.
"Vou fazer as pessoas perceberem que os rótulos de que sou radical são falsos. Sou firme na defesa das minhas posições, mas também sei dialogar", disse.
Sobre a composição do secretariado, a candidata do PSOL diz que tem vantagem em relação aos outros candidatos, por não se submeter ao loteamento partidário. "Não estamos no esquema das grande alianças", afirmou.
Luciana prometeu, ainda, cortar 70% dos cargos de confiança, que somam gastos hoje de R$ 150 milhões por ano. Os recursos podem, segundo ela, ajudarem na segurança pública, que consome R$ 50 milhões.
Um dos temas comentados também é o da mobilidade urbana. A candidata defendeu a regulamentação de aplicativos como o Uber, um papel mais ativo da EPTC na segurança da cidade e promete dialogar para evitar o bloqueio de ruas em protestos.
"Nunca vai haver trancamento de ruas por falta de diálogo. O direito de ir e vir é inalienável, mas o direito de protestar também. Precisamos conciliar", declarou.
A candidata se disse contrária ao aumento de impostos e à concessão do aeroporto internacional Salgado Filho, anunciado recentemente pelo governo federal. O motivo é a preocupação que o terminal de Porto Alegre acabe sendo transferido para Portão.