Em estratégia para se aproximar de movimentos sociais, o governo realizou nos últimos dias uma série de reuniões com grupos ligados à questão da terra.
Os encontros ocorreram na véspera da estreia do presidente Michel Temer em evento no país após o impeachment de Dilma Rousseff e com a previsão de novos protestos pelo País neste Sete de Setembro.
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O Planalto decidiu abrir as portas para os movimentos apresentarem seus reivindicações após manifestantes invadirem a sede do Ministério do Planejamento e o Incra na segunda-feira.
Foram realizados encontros nos Ministérios das Cidades e do Desenvolvimento Social. Entre os grupos que participaram estão o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Agricultura (Contag).
Para tentar atender ao setor, o governo anunciou ontem 35 mil novas unidades do Minha Casa Minha Vida na área rural.
Protestos
Em Brasília, um forte esquema de segurança foi montado para receber Temer na Esplanada dos Ministérios. A princípio, ele estará acompanhado da mulher, Marcela, e do filho Michelzinho. Temer vai em carro fechado e deverá usar a faixa presidencial pela primeira vez.
Além de protestos, em Brasília também haverá a marcha do Grito dos Excluídos, organizada por entidades de trabalhadores rurais.
O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que o governo não teme manifestações no desfile de Sete de Setembro em Brasília. "As manifestações são livres. O Brasil é uma democracia que está mais ou menos consolidada, nós temos que ter presente que as instituições estão vigorando na plenitude. Não há temor.", disse.
Padilha afirmou que conversou com integrantes de movimentos sociais anteontem à tarde durante três horas e meia e ressaltou que "todos têm o direito de se manifestar, desde que dentro dos limites da lei".
– O governo do presidente Michel Temer respeita os movimentos sociais. O presidente Temer disse que é defensor da ordem e do progresso. A democracia é o império da lei. Todos têm o direito de se manifestar, desde que dentro dos limites da lei –, afirmou o ministro.