O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou após reunião com o presidente interino Michel Temer que o governo deve enviar na próxima segunda-feira o projeto de Orçamento de 2017 ao Congresso.
– O Orçamento já está contemplado em todos os itens e estará sendo divulgado até segunda-feira, quando será apresentado formalmente ao Congresso Nacional, e aí sim haverá o detalhamento para cada uma das áreas, com a proposta Orçamentária para 2017 – disse.
Meirelles também afirmou que a não aprovação da Desvinculação das Receitas da União (DRU) esta semana pelo Senado é uma "questão de momento".
– Existem as eleições municipais e o Congresso oferece certa dificuldade. Nós esperamos a aprovação da DRU na semana que vem, é um esforço muito grande para ter o quórum mínimo em um período que tradicionalmente isso não ocorre – afirmou o ministro após reunião com outros representantes da equipe econômica e o presidente interino Michel Temer.
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O ministro fez questão de ressaltar que a agenda legislativa está indo muito bem e que tem recebido sinais positivos das reuniões que vem realizando com representantes do Congresso.
– Não há dúvida de que haverá debates e opiniões contrárias sobre as medidas de ajuste, isso é normal, é da democracia – afirmou.
Segundo ele, a equipe econômica deve começar em breve a realizar reuniões com as bancadas no Congresso para explicar os pontos mais importantes do ajuste fiscal.
Reajustes
O ministro afirmou, ainda, que a reunião desta sexta com parte da equipe econômica e o presidente interino Michel Temer, não discutiu possíveis reajustes salariais de servidores públicos.
– Não foi discutido hoje, não há nenhuma decisão sobre acordos que não tenham sido assinados e que são apenas objetos de demanda das categorias. Não houve sequer uma conserva hoje sobre esse assunto – disse.
Meirelles lembrou que está tramitação no Senado um projeto de aumento do teto dos juízes, mas ressaltou que esta é uma decisão dos senadores. O ministro disse ainda que o reajustes que foram concedidos são os que foram acordados ainda no governo anterior.
*Estadão Conteúdo