A acusação pediu para que a testemunha da defesa, o professor de Direito Geraldo Prado, fosse ouvido como informante e não como testemunha no julgamento do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, entretanto, negou o pedido alegando que todos podem ser testemunhas, a menos que estejam sob suspeição.
Lewandowski releu uma decisão da semana anterior, quando a acusação já havia feito o mesmo pedido. A acusação alega que Prado é especialista e não tem relação com os fatos. O ministro, entretanto, explicou que não existe esse impedimento e como a testemunha não está sob suspeita, seria mantida.
Leia mais:
Cardozo reclama que Janaína Paschoal rompeu acordo sobre testemunhas
Renan chama Senado de hospício e Lewandowski suspende sessão
Acompanhe ao vivo:
Senado julga impeachment de Dilma Rousseff
A tentativa de retirada de Prado como testemunha é a confirmação de um acordo de procedimento entre senadores da base e da oposição que não funcionou. Segundo o advogado da presidente, José Eduardo Cardozo, houve acordo para que, uma vez que a defesa abrisse mão de ouvir Luiz Gonzaga Belluzzo como testemunhas, os senadores da base de Temer iriam se comprometer em não tentar a impugnação de Prado. Apesar do acordo firmado, a advogada da acusação, Janaina Paschoal não concordou com a estratégia e preferiu agir individualmente.