Os 15 investigados por corrupção na Operação Pripyat viraram réus nesta sexta-feira. A Justiça Federal do Rio de Janeiro aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal do Rio na última quinta-feira. As informações são do site G1.
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Os suspeitos são acusados de fraudes em licitações entre Eletronuclear e as empresas Andrade Gutierrez e Engevix para obras da usina de Angra 3. É a primeira denúncia da força-tarefa da Operação Lava-Jato no Estado.
Entre os acusados, estão os ex-dirigentes da Eletronuclear Luiz Antônio de Amorim Soares, Luiz Manuel Amaral Messias, José Eduardo Brayner Costa Mattos, Edno Negrini e Pérsio José Gomes Jordani. O Supremo Tribunal Federal (STF) investiga os valores destinados ao núcleo político.
Segundo os investigadores, Soares e Negrini receberam até R$ 3,6 milhões e Messias, Costa Mattos e Jordani embolsaram até R$ 2,4 milhões em propinas da construtora.
Com a decisão da Justiça, os investigados no desdobramento da Lava-Jato passarão a responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e embaraço à investigação de organização criminosa.
Operação Pripyat
A ação foi desmembrada da Lava-Jato e é resultado da 16ª fase da operação, chamada Radioatividade, deflagrada em julho de 2015.
A investigação foi enviada à Justiça Federal do Estado do Rio de Janeiro por decisão do ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF. A Eletrobras participa como assistente de acusação no processo.