Na primeira avaliação do governo do presidente interino Michel Temer realizada pelo Datafolha, 50% dos entrevistados disseram preferir a permanência do peemedebista no cargo até 2018. Aqueles que defendem a volta de Dilma somaram 32%. Os outros 18% responderam "nenhum", preferiam uma nova eleição ou disseram não saber. As informações são da Folha de S. Paulo.
Realizada entre os dias 14 e 15 deste mês, a pesquisa mostrou ainda que 14% consideram o governo Temer bom ou ótimo. Em abril, 13% tinham a mesma opinião sobre Dilma. Quanto à taxa de reprovação, o interino acumula 31% que acham seu governo ruim ou péssimo. A petista tinha 65% em abril.
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Um dado curioso chamou a atenção na pesquisa: 33% dos entrevistados não sabiam o nome do presidente em exercício. Sessenta e cinco por cento responderam corretamente e outros 2% falaram nomes errados.
Datafolha projeta eleições presidenciais para 2018
O mesmo levantamento avaliou o possível cenário das eleições de 2018. Conforme o Datafolha, Luiz Inácio Lula da Silva é preferido dos entrevistados no primeiro turno. Se houvesse segundo turno, Lula seria derrotado por Marina Silva (Rede) ou José Serra (PSDB). Marina venceria o petista por 44% a 32%. O tucano também derrotaria Lula com 40% contra 35%.
Além da avaliação política, o levantamento apontou que o otimismo dos brasileiros em relação à economia cresceu em relação a fevereiro, antes do processo de impeachment. O Índice Datafolha de Confiança (IDC) melhorou em cinco de sete quesitos desde então. No total, o IDC alcançou 98 pontos, 11 a mais do que no começo do ano e maior patamar desde o fim de 2014.
Sobre a expectativa de avanço da situação econômica do país, o índice passou de 78 para 112. São considerados positivos índices acima de 100. Apesar do otimismo, houve queda em dois quesitos da pesquisa: Brasil como lugar para se viver, que obteve 145, e sentimento de orgulho de ser brasileiro, que foi para 138. Estes números estão abaixo da média histórica da avaliação.
O Datafolha ouviu 2.792 eleitores em 171 municípios. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.