O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, evitou nesta terça-feira comentar a informação divulgada pelo jornal O Globo sobre o pedido de prisão de lideranças do PMDB feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal. O PMDB é o partido do presidente interino, Michel Temer. O pedido de prisão teria sido encaminhado há pelo menos uma semana.
Ao ser questionado por jornalistas sobre o tema, após reunião de avaliação da Olimpíada, Padilha respondeu que esta terça-feira é um dia de falar sobre avaliação dos Jogos do Rio e só quem poderia falar sobre as notícias do pedido de prisão seria Rodrigo Janot.
– Só quem pode responder é o doutor Janot. Ele é que sabe porque fez, o quê fez, o que ele escreveu, o que pediu. Eu não sei nada, absolutamente nada – disse.
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Reportagem publicada no jornal O Globo afirma que o procurador-geral da República pediu ao Supremo Tribunal Federal a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do ex-senador e ex-presidente da República, José Sarney (PMDB-AP) , do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha(PMDB-RJ). Os pedidos de prisão estariam com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, relator da Lava-Jato, há pelo menos uma semana, e teriam sido motivados pela suspeita de que eles estariam obstruindo as investigações da operação.
Em entrevista à Agência Brasil, na manhã desta terça-feira, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, que é advogado de Romero Jucá e José Sarney, disse que ainda não tomou conhecimento do pedido de prisão de seus clientes feito ao ministro Teori. O defensor disse acreditar que, se houve pedido, o STF não vai determinar uma medida tão "drástica".
– Daquilo que eu vi que foi causado, não existe sequer "en passant" qualquer tentativa de obstrução de Justiça de interferência na Lava Jato. É um momento delicado, se tiver um pedido, eu prefiro não acreditar que tenha, tenho confiança que o Supremo Tribunal Federal não vai determinar uma medida tão drástica em razão das gravações que foram expostas. Mas eu prefiro esperar – disse o advogado.
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