Depois de três meses, o juiz federal Sergio Moro, responsável pelas ações da Lava-Jato na primeira instância em Curitiba, voltou a despachar nos procedimentos da operação relacionados ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Conforme o jornal Folha de S. Paulo, em medida expedida na quinta-feira, Moro determinou que as defesas renovem perante a Justiça Federal no Paraná os pedidos que tinham sido formulados junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).
Há duas semanas, o ministro Teori Zavascki, do STF, havia determinado que a maior parte das investigações envolvendo Lula e que estavam no Supremo fosse devolvida para Moro.
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Em março, Moro era o responsável pelos inquéritos da 24ª fase da Lava-Jato, que investigou se o petista foi beneficiado por empreiteiras. Na época, o caso foi remetido ao Supremo devido à possibilidade de envolver autoridades com foro privilegiado.
O juiz observou ainda, no despacho desta semana, que será observado o sigilo decretado pelo Supremo sobre as interceptações telefônicas envolvendo o ex-presidente. Moro ressaltou que o áudio do telefonema entre Lula e a presidente afastada Dilma Rousseff está "invalidado", conforme decisão de Zavascki.
Desde a época da operação, o Instituto Lula vem negando que o petista tenha cometido qualquer irregularidade. Nesta semana, o ex-presidente pediu à Procuradoria Geral da República que apure se Moro cometeu abuso de autoridade contra sua família.