A doleira Nelma Kodama foi libertada nesta segunda-feira da carceragem na Polícia Federal em Curitiba, onde estava presa desde março de 2014, quando foi detida na Operação Lava Jato. Em outubro daquele ano, ela havia sido condenada a 18 anos de prisão pelo juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal.
Nelma vai ser monitorada por meio de tornozeleira eletrônica. A soltura foi condicionada à assinatura de um acordo de delação premiada, que deverá ser homologado ainda nesta segunda-feira.
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A doleira foi presa na primeira fase da Operação Lava-Jato. Ela foi considerada pelo Ministério Público Federal a líder de um grupo criminoso que operava no mercado negro de câmbio, por meio de empresas fantasmas, para abastecer o esquema do doleiro Alberto Youssef, que também foi preso na operação. De acordo com a investigação, a movimentação financeira do grupo atingiu cerca de R$ 103 milhões em 2012 e 2013.
Nelma Kodama ficou conhecida após citar a música Amada Amante, de Roberto e Erasmo Carlos, em depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em maio do ano passado.