A Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que remeta ao juiz federal Sérgio Moro as investigações relativas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao senador cassado Delcídio Amaral. As informações são do Jornal Nacional.
Em delação premiada, Delcídio acusou Lula de tentar evitar que Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, colaborasse com a Operação Lava-Jato. O ex-presidente acabou sendo denunciado por, supostamente, tentar obstruir as investigações. A acusação foi incluída na delação do ex-senador. Assim, o Lula só poderia ser investigado pelo STF.
Mas como Delcídio perdeu o mandato, também perdeu o foro privilegiado. A PGR, então, segundo o Jornal Nacional, decidiu que não há mais motivos para o caso de Lula e Delcídio seguirem no STF. O procurador-geral, Rodrigo Jantot, pediu que o ex-presidente, o senador cassado e mais cinco pessoas passem a ser investigadas por Moro.
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A denúncia da PGR aponta que Lula, Delcídio e seu ex-chefe de gabinete, Diogo Ferreira, o amigo do ex-presidente José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai, se juntaram para tentar comprar o silêncio de Cerveró. O Ministério Público sustentou a acusação e entendeu que Lula teve papel determinante no esquema.
As demais investigações que envolvem Lula, relativas ao sítio em Atibaia e ao triplex em Guarujá, seguem no STF com o ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato.
O Instituto Lula declarou ao Jornal Nacional que o ex-presidente sempre agiu dentro da lei e refutou as acusações de Delcídio. Disse, ainda, que o ex-presidente já prestou esclarecimentos ao MP e ao STF. Os outros citados não se manifestaram ao JN.
*Zero Hora, com informações do Jornal Nacional