A ex-senadora Marina Silva (Rede) afirmou, nesta sexta-feira, que o Brasil passa por uma crise de identidade. Segundo ela, parte da turbulência política é fruto de conchavos feitos por partidos. Ao falar sobre o assunto, criticou tanto o PT – do qual saiu em 2009 – quanto o PMDB. Além disso, disse que busca ser uma alternativa ao país em meio ao momento de dificuldades:
– Mesmo que tenha sido destruída nas eleições, não entrei nessa de ser oposição raivosa – comentou a ex-senadora em entrevista ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha.
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Marina também cobrou rapidez na avaliação, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), das contas da última campanha presidencial da chapa formada por Dilma Rousseff e Michel Temer.
– Defendo que o TSE dê sentido de urgência, faça esse julgamento. E, se ficar comprovado (o uso de dinheiro irregular), que se convoque uma nova eleição – frisou.
A ex-senadora ainda classificou como inconstitucional a proposta de Dilma de realização de uma "consulta popular" caso volte ao Palácio do Planalto. Além disso, Marina declarou que o debate entre direita e esquerda foi o "grande problema" do país nos últimos anos, porque escanteou a avaliação a respeito de temas importantes, como educação.
Durante a entrevista, a ex-senadora posicionou-se contra a reeleição. Para ela, o presidente eleito deveria cumprir apenas um mandato de quatro ou cinco anos.
– Na América Latina, a reeleição virou um grave problema. É feito o que é necessário para se reeleger – sublinhou.