Um relatório conclusivo afirmando que o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e sua mulher, Claudia Cruz, mantinham contas não declaradas no exterior entre 2007 e 2014 será encaminhado nesta terça-feira pelo Banco Central à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Conselho de Ética. As informações são do jornal O Globo.
O documento, que será remetido ao Supremo Tribunal Federal (STF) e à 13ª Vara Federal de Curitiba, conclui que eles cometeram irregularidades e cobra multa do casal, sendo R$ 1 milhão contra o deputado afastado pelo período de 2007 a 2014, e outros R$ 132.486,55 de Claudia, por contas mantidas entre 2009 e 2011.
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Segundo o MP, as contas, que foram confirmadas pelo Ministério Público da Suíça em maio, encontram-se bloqueadas à espera de uma condenação definitiva das autoridades brasileiras para devolver o dinheiro sequestrado ao país.
Cunha, que deve ser julgado no Conselho de Ética ainda nesta terça-feira, reafirmou ao jornal O Globo que está avaliando a possibilidade de comparecer à reunião, prevista para as 14h30m.
Na semana passada, o ministro Teori Zavascki, relator dos processos da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento pelo plenário da corte a denúncia do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no inquérito que investiga as contas na Suíça mantidas por Cunha.
Ele é acusado pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Ainda não há data para o julgamento. Caso a denúncia seja aceita, ele passa à condição de réu.