*Zero Hora
A sessão que analisa a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff começou às 10h desta quarta-feira, com uma hora de atraso ao horário previsto inicialmente. A primeira parte se estendeu até as 12h30min. As atividades foram retomadas por volta das 14h.
A expectativa, segundo o presidente do Senado, é de que a sessão termine por volta das 22h. No entanto, 70 senadores estão inscritos para falar e cada um tem 15 minutos para o discurso.
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Depois que todos falarem, será a vez do relator do processo na comissão especial, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG) e do advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo. A votação ocorrerá logo após o término das manifestações.
Abaixo, veja a posição de cada um e frases destacadas:
Ana Amélia (PP-RS) - a favor
"Entendo que há sim enquadramento típico e lastro de prova suficientes para admissibilidade do processo de impeachment."
"Ninguém, nem a presidente, nem o vice, está acima da lei."
"A constituição está sendo cumprida com muito rigor, esta é a nossa bíblia."
José Medeiros (PSD-MT) - a favor
"Acredito que é preciso deixar claro que os temos atuais são tão difíceis quanto democráticos. É preciso jogar o jogo da verdade."
"Não é de agora que testemunhamos a deterioração dos nossos pilares econômicos. Desemprego e inflação parecem ter dado as mãos em uma escalada."
"Caos econômico revela a inaptidão do governo para ditar os rumos do país."
"Retórica que haveria um golpe em curso não para em pé. Onde já se viu golpe em um país de imprensa livre?"
"Prezaremos pela lei e deixamos claro que o processo foi bem conduzido. Encaminho e declaro que vou votar pelo afastamento da presidente."
Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) - a favor
"Crimes qualificados elo resultado, resultado desta crise profunda que estamos vivendo."
"O senador Anastasia (relator do processo na comissão especial) demonstrou a pertinência da lei que define o que é crime de responsabilidade e, com a mesma precisão, desconstruiu ponto por ponto a defesa apresentada pelo advogado-geral da União."
"Tenho certeza que a presidente será afastada do seu cargo e o vice irá assumir as funções da presidência. Este processo é irreversível."
"Dilma perdeu todas as oportunidades e agora é tarde. Com a mesma teimosia, a mesma inépcia, a mesma irresponsabilidade, escorada em chamados movimentos sociais que são a expressão de um radicalismo que o povo não admite, não aceita."
Marta Suplicy (PMDB-SP) - a favor
"Unidos temos tudo para vencer todos os desafios. Estamos escolhendo a esperança, e não o caos sem amanhã. O que está em jogo nesse momento é a oportunidade de um grande pacto."
"A hora é de somar, é da democracia, da governabilidade, da legalidade, do desenvolvimento. O caminho será democrático, pacífico, generoso e grande para o Brasil."
"A sociedade não aceita mais sacrifícios sem uma perspectiva sólida."
Ataídes Oliveira (PSDB-TO)- a favor
"Dilma cometeu diversos crimes, mas tenho dito que o diabo mora nos detalhes, e é exatamente por isso que a presidente vai cair. Esses dois crimes: abertura indevida de créditos suplementares e dinheiro emprestado junto à estatal."
"Resumidamente, quero mostrar aos brasileiros os estragos que o governo do PT causou ao povo brasileiro durante esses 14 anos de governo. Esse é o maior crime que o governo praticou. Inflação, recessão, retração. Estamos há três anos com PIB negativo, enquanto o mundo cresce."
"O Lula virou 'o cara do mundo' porque ele gastou 3 trilhões de reais do povo irresponsavelmente. Ele e Dilma quebraram o país."
"Lula, quero falar para você, acredito que você que está nos assistindo, a culpa de todo esse desastre é sua. Foi você que botou essa criatura (Dilma) para governar o país."
"Michel Temer, seu governo terá meu apoio para implementar as medidas necessárias para tirar esse país do buraco negro."
Ronaldo Caiado (DEM/GO) - a favor
"(O PT) Extorquiu, solapou, corrompeu todos os fundos responsáveis pela aposentadoria de milhões de brasileiros."
"A Petrobras se transformou da quarta maior empresa do mundo na maior devedora. Estamos interrompendo esse ciclo danoso."
"O que esse congresso está fazendo, e o povo fez, é nos alertar, sair e dizer: 'não vamos deixar que aconteça com o Brasil o que está acontecendo com a Venezuela'."
"Com objetivo de trazer paz e tranquilidade, unir o país, é que votaremos sim pela admissibilidade do afastamento da presidente da república."
Zezé Perrella (PTB-MG) - a favor
"O que esse pessoal (PT) fez com o Brasil foi uma coisa inacreditável. Os motivos para votar o impeachment não são só as pedaladas fiscais, que já seriam suficientes. O povo foi para a rua contra a roubalheira."
"O governo esculhambou com o setor elétrico. Abaixou a conta de luz para enganar o povo, e quebrou o setor elétrico brasileiro. Acabou com os empregos e está acabando com as empresas."
"Se dependesse desse povo, estaríamos em uma guerra civil. Tenho muito respeito a senadores do PT, não estamos generalizando, mas falando dessa militância paga."
"A presidente pode não ter feito vantagens para ela pessoalmente, mas eu pergunto: é honesto o que fizeram com a Petrobras? É honesto Pasadena? Ela deixou essa quadrilha tomar e assaltar o país, em nome de um projeto de poder falido."
"Dilma não ganharia nem para vereadora em Porto Alegre."
Lúcia Vânia (PSB-GO) - a favor
"Esse é um exame técnico, analítico, sem espaço para entrar nas polêmicas que tem dividido nossa sociedade e nosso parlamento."
"A presidente é acusada de dois crimes de responsabilidade. Ambas estão fartamente documentadas."
"Resolver a situação do nosso quadro fiscal é condição necessária, mas não suficiente, para o país voltar a crescer."
"A irresponsabilidade do poder Executivo na questão fiscal irá impor sacrifícios para as futuras gerações."
Magno Malta (PR-ES) - a favor
"Estamos diante de um corpo febril e assaltado de taxas altíssimas de diabetes. O país hoje é como um corpo diabético e febril, com uma perna cheia de gangrena, pronta para ser amputada. Se amputarmos a perna, salvaremos o corpo."
"O terceiro setor que o Brasil tem hoje, é porque a terceira idade começou a ser valorizada a partir de uma iniciativa da saudosa Ruth Cardoso. Os fundamentos da economia deste país foram dados nos dois governos de FHC."
"Dilaceraram com a nossa economia e nos jogaram no fosso, desclassificados em todas agências que medem riscos, viramos chacota do mundo."
"Negar a inclusão social que houve (no governo do PT) é irresponsável, mas a mão que deu com essa, tirou com essa."
Ricardo Ferraço (PSDB-ES) - a favor
"O lado certo da história é a democracia. Nossa escolha é republicana. A lei é o nosso limite, é o marco civilizatório."
"O presidencialismo sem impeachment é a monarquia absoluta."
"Não se julga a honestidade do presidente, mas sim sua capacidade de continuar ou não governando o país."
Romário (PSB-RJ) - a favor
"Por tudo que li, ouvi e entendi, cheguei à conclusão de que há, sim, crime de responsabilidade fiscal por parte da presidente da República."
"É pelas mãos dos trabalhadores que sairemos da crise. É hora de juntar forças, superar diferenças e devolver ao Brasil toda sua grandeza. A hora de começar é agora."
"Nenhuma mágica vai nos tirar do atoleiro."
"Momentos de crise são também momentos de oportunidade. Não apoiarei nenhuma medida que retire garantias e direitos do trabalhador, conquistados com tanto suor."
Telmário Mota (PDT-RR) - contra
"Esse processo de impeachment contra Dilma começou pela ótica do revanchismo de Eduardo Cunha. E, hoje, ele poderá ser concluído com a contribuição de muitos oportunistas e alguns traidores. A presidente Dilam não roubou, não desviou dinheiro, não cometeu crime de responsabilidade."
"Dizer aqui que são as pedaladas que estão levando a situação econômica do país às suas dificuldades não procede."
"Quem diz que Dilma cometeu qualquer ato de má fé, dolo ou crime, no mínimo está escondendo a verdade."
Sérgio Petecão (PSD-AC) - a favor
"Todos sabemos que o impeachment é um processo traumático e doloroso para a sociedade, ainda que seja um instrumento democrático e previsto na constituição e nas leis do país."
"Seria fácil para mim hoje utilizar esse momento para tripudiar a presidente. Somos vítimas de um governo truculento, perseguidor, que em momento algum se preocupou com o futuro do Governo Federal."
"Minha preocupação é a nossa relação com o governo boliviano, que é recebido no meu estado (Acre) com tapete vermelho. Sabemos que este país (Bolívia), que tem todas regalias do governo brasileiro, sabemos que lá a recíproca não é verdadeira. Tomaram nossa refinaria de petróleo. Não é desse tipo de política que o Brasil precisa, aliás, é exatamente isso que o país não quer mais."
"A população não está preocupada se a Janaína recebeu R$ 45 mil do PSDB para elaborar o pedido, esse é um argumento pífio. A população está preocupada com os escândalos que falam em milhões, em bilhões."
Dário Berger (PMDB-SC) - a favor
"É triste ver milhares de catarinenses e brasileiro perdendo seus empregos. A presidente não possui mais as mínimas condições de governabilidade. Como está, não podemos ficar. Ou nós mudamos ou merecemos ser mudados."
"Não podemos deixar que se arraste por mais tempo este sentimento de inferioridade que se arrasta pelo país. Viver é estar preparado para situações difíceis, e esta não é uma situação fácil. Não estou fazendo que estou fazendo com prazer, mas sim com absoluta tristeza."
"Todo país depende de nós para resgatar a autoestima dos brasileiros e fazer com que o orgulho de ser brasileiro possa voltar a bater cada vez mais forte em nossos corações. Temos que andar com os pés no chão, mas com os olhos voltados para o futuro."
Simone Tebet (PMDB-MS) - a favor
"O resultado da irresponsabilidade fiscal do governo é uma 'conta astronômica' a ser paga por todos nós."
"O discurso que mais me incomodou e incomoda é o de que o processo de impeachment é golpe. Ele é previsto na constituição e este em especial foi regido nos mais amplos principios constitucionais. O que estamos vendo aqui não é golpe, é democracia."
"Voto pela admissibilidade do processo porque há indícios muito sérios de crime de responsabilidade nos dois casos apontados pela denúncia."
Cristovam Buarque (PPS-DF) - a favor
"Não fui eu que mudei. Foi a esquerda que envelheceu, não eu. A esquerda que está há 13 anos no poder e mostrou um desapreço à democracia."
"A presidente não nos permitiu outro caminho."
"Este meu voto é um voto técnico pela incompetência como a política e a economia foram gestadas. É um voto contra o estelionato eleitoral e a arrogância no lugar daquilo que deveria ser o diálogo. É um voto moral contra a corrupção na Petrobras."
"Não fizemos avançar a consciência popular. Fizemos consumidores, não cidadãos. Isso nos trouxe a esse momento."
"Creio que erramos muito. Erramos muito quando criamos a tal da reeleição. Transformamos presidentes, governadores e prefeitos, desde o primeiro dia de governo, em candidatos – não em estadistas."
Angela Portela (PT-RR) - contra
"Não houve, até agora, demonstração clara e inequívoca de crime de responsabilidade, condição necessária para que uma presidente eleita seja impedida de exercer suas prerrogativas constitucionais. O que houve foram meros atrasos em pagamentos que, de modo algum, podem se configurar empréstimos."
"O verdadeiro juízo desse impeachment será a história. E tenho certeza que a sentença não será favorável a essa casa."
"Estaremos afastando uma proposta escolhida nas urnas. É um projeto que prevê inclusão social, proteção das minorias, redução das desigualdades."
"Que garantia podemos ter de futuro de um governo que nem se instalou e já anuncia um verdadeiro salto ao passado?"
"Devemos lutar contra as ameaças contra os avanços sociais. Lutar pela nossa jovem democracia. Seja qual for a decisão que essa casa venha a tomar, asseguro aos brasileiros que vou continuar lutando para garantir e aprofundar as conquistas de um governo popular."
José Maranhão (PMDB-PB) - a favor
"Peço desculpas ao meus eleitores da Paraíba que me ouviram e, por isso, sufragaram o voto à presidente Dilma Rousseff."
"Acolho o parecer do senador Anastasia e a forma como ele colocou as questoes sobre as quais estamos sendo chamados para um julgamento final."
"Não há dúvida de que há uma relação de causa e efeito entre aquilo que está acontecendo com as finanças do Brasil, com a inflação que está batendo às portas."
José Agripino Maia (DEM-RN) - a favor
"Depois dizem que é golpe, é golpe, é golpe. É golpe à Constituição."
"Esse déficit aconteceu porque o governo precisou, de última hora, providenciar fundos para as pedaladas fiscais e impôs ao Congresso votar uma sujeira, uma arrumação da cena do crime."
"Esse governo não governa mais."
"O fato novo da política do Brasil é a voz das ruas, que, como vigiou esse governo, irá continuar vigiando o novo governo, e a quem temos de permanecer conectados."
Jorge Viana (PT-AC) - contra
"Estamos vivendo um momento crítico. Um senador foi preso, há pouco tempo, sem autorização do Congresso. O presidente da Câmara foi afastado outro dia sem que a Câmara tivesse sido ouvida. Nós hoje estamos apreciando uma matéria que, se aprovada, cassa o voto de 54 milhões de brasileiros e brasileiras. Estamos vivendo a anarquia institucional no país."
"O presidente Lula foi quase uma unanimidade nacional. Mudou esse país. Fez brasileiro andar mundo afora orgulhoso de ser brasileiro, fez o mundo ter inveja desse país. É esse presidente que está sendo satanizado pela oposição."
"Há quem goste de traição, mas abomine o traidor."
"O Senado tem de decidir se assina embaixo da obra de Eduardo Cunha."
"Não estão cassando a presidenta Dilma. Estão cassando a soberania do voto popular."
Acir Gurgacz (PDT-RO) - a favor
"Quando os políticos brigam, quem perde é a população, e desde as eleições de 2014 o Brasil está praticamente parado."
"Lembro o saudoso Leonel Brizola, que disse: 'se tiveres dúvidas sobre para que lado seguir, siga o povo'."
"Voto pela abertura do processo de impeachment. Vamos assegurar o direito de defesa da presidente e julgar com calma e critérios técnicos para que possamos virar a página e tirar o Brasil desta crise."
"Ser o moderador, a Câmara Alta, é uma das atribuições mais nobres do Senado."
Fátima Bezerra (PT-RN) - contra
"A imprensa e os organismos internacionais têm denunciado amplamente o golpe de Estado em curso no nosso país."
"Este golpe de Estado teve início quando o PSDB e seu candidato, Aécio Neves, se rebelaram contra o resultado das eleições."
"Michel Temer não teve pudor de operar tenebrosas transações para assumir a cadeira da presidente da República"
"Este é um golpe espúrio, indecoroso, antipovo."
"É lastimável, lamentável ver o PSDB, com sua tradição, adentrar na lata de lixo da história, liderando este golpe de Estado."
"Ninguém será capaz de apagar o imenso legado dos governos do presidente Lula e da presidenta Dilma Rousseff."
Eduardo Amorim (PSC-SE) – a favor
"A população brasileira está sofrendo o descaso do Estado brasileiro cada vez que necessita de um serviço público."
"O que mais o povo brasileiro quer hoje é respeito ao suor do seu trabalho e a cada centavo de tributo que paga."
"Espero que nós possamos recolher os ensinamentos desse triste momento que estamos vivendo."
Aécio Neves (PSDB-MG) – a favor
"O que estamos fazendo é exercer, na plenitude, as prerrogativas do Senado Federal, como fez com grandeza a Câmara dos Deputados."
"Os brasileiros foram às ruas para dizer um basta definitivo a tanto desprezo à verdade e à ética."
"Essa é uma marca dos governos populistas: sempre agem com irresponsabilidade fiscal. No final, quem paga o preço são sempre os mais pobres, que são, costumeiramente, manipulados por esse governo."
"Eu alertava a presidente da República sobre as pedaladas fiscais que vinham sendo feitas."
"Que os brasileiros recuperem aquilo que lhes foi roubado por esse governo: a esperança e a capacidade de sonhar com um futuro melhor."
Wilder Morais (PP-GO) – a favor
"De país seguro para investimentos, o Brasil passou a ser visto com total desconfiança pelo cenário internacional, o que espantou o capital estrangeiro. A desconfiança externa só não é maior que a interna."
"O isolamento fez de Dilma uma ilha, cercada de problemas para todo o lado."
"Não a conheço. A presidente sempre evitou o Congresso."
"Sugiro ao novo presidente que acabe com mais um erro do governo que termina essa noite: percorra o Brasil junto com seus ministros."
Alvaro Dias (PV-PR) - a favor
"A partir da chamada República de Curitiba, nasce a nova Justiça que alcança os poderosos."
"É possível, sim, governar o país sem um balcão de negócios."
"Um governo que promove mudanças consegue apoio popular, e um governo que tem apoio popular tem apoio do Congresso. Porque o Congresso não rema contra a opinião pública."
"Devemos debater nosso futuro para ressuscitar a esperança de milhares de jovens brasileiros, agora desesperançados por essa crise que assola o Brasil."
Waldemir Moka (PMDB-MS) – a favor
"Estamos diante de um governo negligente, que não reconhece os seus erros, e tem o capricho de atribuir a culpa a fatores políticos ou mesmo à oposição no Congresso."
"O PT recebeu das mãos de FHC um país com a situação normalizada. Isso possibilitou a Lula dar início, em 2003, a um governo que tinha, a seu favor, o respeito internacional e indicadores econômicos estabilizados."
"Temer, se o Senado permitir, assumirá o governo com uma herança de mais de R$ 250 bilhões (em dívidas), com os piores indicadores econômicos dos últimos 30 anos. É esse o resultado de 13 anos e meio de administração do PT."
"O que conquistamos a duras penas de 1994 até 2002 foi jogado fora na última década."
Roberto Requião (PMDB-PR) – contra
"Dezenas de vezes vim a esta tribuna criticar o governo federal."
"Toda esta visão liberal que repousa no Congresso Nacional, de uma hora para outra, se transforma no suporte decisivo do impedimento da presidente da República."
"O governo sofreu com a falta de apoio por seus erros, pela circunstância política internacional, pelo arrocho fiscal e pela falta de habilidade na condução das coisas da República."
"Este impasse pode ser resolvido por um processo de impedimento sem base legal? A mim, parece que não."
"Toda a proposta arquitetada pela assessoria do Michel Temer é uma proposta neoliberal. A mesma que trouxe a crise à Itália e praticamente liquidou a Grécia."
"Temer tem uma história de reconciliação. Foi presidente da Câmara por três vezes porque concilia os interesses."
Marcelo Crivella (PRB-RJ) - a favor
"Que fique registrado meu pesar em votar em favor da abertura do processo de impeachment. Não queria, não quero. Cumpro aqui um duro dever diante dos fatos."
"A votação não é pela condenação de Dilma, mas sim para a abertura do processo. Por isso, voto a favor."
"Peço que os senhores senadores sejam justos, e não justiceiros."
Randolfe Rodrigues (Rede-AP) – contra
"O nosso país chegou a essa situação não pelo bem que foi dado aos de baixo, mas pela proteção dada aos de cima."
"O atual governo subestimou a situação climática, negligenciou a sustentabilidade, o que é explicitado pelo que acontece com as populações em Belo Monte."
"Onde está o processo de impedimento do vice-presidente Michel Temer?"
"Só a soberania do voto popular poderá dar a resposta para essa crise política."
Lasier Martins (PDT-RS) - a favor
"Foi o governo da gastança. Emitiu créditos suplementares sem autorização legislativa. O que querem mais? Foram crimes político-administrativos."
"As pessoas diziam: 'Eu quero viver no país da propaganda da Dilma'."
"Dilma lançou o Brasil no descrédito. Hoje estamos na América do Sul apenas à frente da Venezuela."
"Tomara que o novo governo que está por assumir não ameace o trabalho brilhante da Polícia Federal e da Justiça Federal, e que continuemos festejando o trabalho do juiz Sergio Moro. Hoje, essa investigação é patrimônio do Brasil. Essa investigação não pode ser truncada, tem de ser levada adiante."
"Diz-se, com razão, que Dilma não roubou. Mas ela negligenciou aqueles que roubavam. Seus vínculos são comprometedores."
Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) - contra
"O Senado está prestes a cometer uma grande injustiça com a história e, principalmente, com o povo brasileiro."
"Fala-se de tudo, da crise econômica, da corrupção, da Lava-Jato. Só não falam do crime. Por quê? Porque crime não há. Não há crime de responsabilidade."
"Avançar nesse processo, onde, evidentemente, falta respaldo jurídico é, um golpe de Estado. Tão grave quanto aquele de 1964."
"O que eles querem é, também, acabar com a Lava-Jato, porque disseram que a presidente não teve pulso para acabar com isso que está atingindo frentes poderosas."
José Antônio Reguffe (sem partido-DF) – a favor
"Um governo não pode gastar mais do que arrecada. Isso, para mim, é princípio. Quando o governo faz isso, quem paga, no futuro, é o contribuinte, com aumento de impostos."
"Em um país onde um governante pode fazer o que quiser, é uma ditadura. Na democracia, no Estado Democrático de Direito, quem tem mais votos, governa. Não tem poder para fazer o que quiser, não. Tem de respeitar a legislação vigente no país."
"Não me interessa se o erro é do PT, do PSDB, do PMDB ou de quem quer que seja. Ninguém é melhor nessa vida. Mas, se há um erro que pesa no bolso do contribuinte, tem de ter punição."
"Corrupção existe em todos os países do mundo. O que não pode existir é impunidade."
Hélio José (PMDB-DF) – a favor
"O nível dos debatedores criou, em mim, uma dúvida cruel. Deixaram-me diante de uma escolha de Sofia."
"Vou me posicionar a favor da admissibilidade do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Em primeiro lugar, pelo respeito que tenho pela instituição Câmara dos Deputados."
"Existe uma enorme diferença entre a admissibilidade do processo e o julgamento do mérito."
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) – a favor
"Os desígnios de Deus nos trouxeram até aqui, ao lado do povo desvinculado a partidos políticos, a governos, a máquinas públicas que, com profunda indignação, ocuparam as ruas do Brasil."
"Os crimes de responsabilidade foram, sim, praticados pela presidente Dilma Rousseff. Ela promoveu a maior fraude fiscal já vista no nosso país."
"Foi a irresponsabilidade da presidente Dilma que empurrou o Brasil para a gravidade do quadro atual."
Regina Sousa (PT-PI) – contra
"Incitaram a classe média a ir às ruas bater panela sob a bandeira da corrupção. Pura falácia. O que tinha de gente corrupta naquelas manifestações. Não dá nem pra contar."
"Só faltou voto pelo direito da cachorrinha comer ração importada dos Estados Unidos."
"É, sim, para a elite retornar ao poder. Logo, logo vai ficar claro quem irá pagar o pato."
"Seremos, nos próximos 180 dias, oposição responsável. Não seremos oposição boazinha."
"Se há algo que aprendemos é que deslealdade e traição não têm perdão."
Armando Monteiro (PTB-PE) – contra
"Nós estaremos, sim, promovendo uma ruptura na ordem institucional no país."
"O entendimento é que esses pressupostos jurídicos não estão claramente colocados."
"Será que, ao acatar a denúncia na origem, de forma monocrática e imperial, não seria necessário que o Poder Judiciário se manifestasse em algum momento?"
Fernando Collor (PTC-AL) – indefinido
"Chegamos ao épice de todas as crises, às ruínas de um governo, às ruínas de um país."
"O rito é o mesmo, mas o ritmo e o rigor, não."
"Desculpem-me por voltar no tempo, mas o momento exige."
"O maior crime de responsabilidade está na irresponsabilidade pelo desleixo com a política, na irresponsabilidade da condução econômica."
'Desde o início deste governo fui a diversos interlocutores da presidente para falar dos problemas que eu antevia."
"Alertei Dilma sobre a possibilidade de sofrer impeachment. Mas não me ouviram. Renegaram minha experiência."
"Não existe fórmula mágica dentro do nosso presidencialismo."
"Uma nova política precisa se estabalecer, seja qual for o resultado de hoje."
Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) – a favor
"Eduardo Campos advertiu Dilma sobre a crise."
"Eduardo Campos ressaltava a necessidade de unir o país em torno de um projeto de desenvolvimento e ele liderou de forma corajosa uma alternativa de governo."
"O PSB vai trabalhar até o final desse processo para que seja conduzido na observância rigorosa dos preceitos constitucionais."
Valdir Raupp (PMDB-RO) – a favor
"O Brasil inteiro passa por problemas, que são especialmente graves em Rondônia, meu Estado. Problemas que são fruto da má gestão do governo federal."
"Não tenho dúvida de que minha missão nesta Casa deve atender os anseios dos rondonienses. Por isso, voto pela abertura do impeachment contra a presidente Dilma."
Paulo Bauer (PSDB-SC) - A favor
"Hoje, quase todos os brasileiros sabem o que está acontecendo e por que está acontecendo a reunião dessa noite e o que o Brasil irá vivenciar nos próximos dias a partir da votação que faremos."
"Houve ofensa à lei, houve ofensa à Constituição. Por isso, houve crime de responsabilidade."
"Impeachment não é golpe. É mecanismo legal. Ele está seguindo seu trâmite, e estamos absolutamente dentro da lei. Não estamos praticando golpe algum."
"É um governo surdo, mudo e, talvez, até cego. Porque é um governo que não ouviu a voz das ruas."
Gladson Cameli (PP-AC) - A favor
"O PT não pode mais administrar a coisa pública como se fosse um bem pessoal".