A decisão do juiz federal substituto, Gustavo Chies Cignachi, fez com que a ex-governadora Yeda Crusius passe a ser ré da ação de improbidade administrativa do Caso Rodin. O magistrado Gustavo Chies que substitui Loraci Flores de Lima – que no momento está convocado pelo Tribunal Regional Federal (TRF) –, explica que, agora, a tucana passa a ser “formal e tecnicamente” ré do processo. Ele recorda que como houve uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), do ano passado, desfavorável à defesa da política, Yeda poderia responder perante o juiz de Santa Maria.
“A decisão que se teve, por meio do STJ, é que ela (Yeda) poderia responder ao processo aqui (em Santa Maria), mas não que ela fosse ré. Na sequência, demos prosseguimento do processo com a notificação da ex-governadora para que apresentasse a sua defesa preliminar, o que aconteceu no mês passado”, explica Gustavo Chies.
Após a análise da defesa preliminar de Yeda Crusius, o juiz federal substituto optou por aceitar a petição inicial do Ministério Público Federal:
“Entendi que os argumentos dela (Yeda) não são suficientes para o arquivamento prematuro do processo. Com isso, admiti formalmente essa petição inicial do MPF. Como consequência disso, a ex-governadora passa, somente agora, tecnicamente à condição de ré”.
O processo segue com tramitação normal junto à Justiça Federal de Santa Maria. Os próximos passos preveem a coleta de depoimentos de eventuais testemunhas do Ministério Público e, igualmente, de Yeda Crusius. Após superada essa etapa, poderá ser conhecida a sentença do caso.