Um dos municípios mais castigados pela enchente de maio na Região Metropolitana se prepara para ter uma eleição diferente no próximo domingo (6). Eldorado do Sul ainda sofre os impactos da cheia, e muitas pessoas que ainda não retornaram para cidade podem não comparecer às urnas. Por isso, a estimativa é de que a abstenção seja de até 40%.
Ao menos 5,4 mil moradores ainda não retornaram para suas casas e a prefeitura da vizinha Guaíba estima que 10 mil eldoradenses estejam morando na cidade. Como o prazo para alterar o local de votação se encerrou no início de maio, não houve tempo hábil para os afetados se adaptarem às mudanças.
Segundo o cartório da 90ª Zona Eleitoral, que atende o município, não é possível saber quantos habitantes se deslocarão até a cidade para participar do pleito. A expectativa é que a ausência nas urnas possa variar de 30 a 40%, o que representa de 8 a 11 mil eleitores, aproximadamente. Na eleição de primeiro turno, em 2022, o Rio Grande do Sul, o registrou índice de abstenção foi de 19,79%.
O levantamento é baseado na quantidade de mesários que precisaram ser trocados. O número gira em torno dos mesmos 40%.
Cinco das 14 seções eleitorais sofreram mudanças de local por conta da enchente. Todas ficam na Escola Municipal de Ensino Fundamental David Riegel Neto, no centro, maior colégio eleitoral da cidade. Elas serão transferidas para a Escola Municipal de Ensino Fundamental Getúlio Vargas, no bairro centro novo. Haverá a colocação de banners em frente ao local para orientar os eleitores.
Apesar da projeção, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS) orienta a população a comparecer ao local de votação, mesmo que vivendo em outro município.
Apenas duas candidaturas disputam a prefeitura. Fabiano Pires (MDB) e Juliana Carvalho (PSDB) concorrem para assumir a missão de reconstruir Eldorado do Sul.