Logo após o primeiro pronunciamento do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), depois da derrota nas eleições para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no domingo (30), o Supremo Tribunal Federal (STF) classificou como "importante" a manifestação presidencial, realizada nesta terça-feira (1º).
Em comunicado, a Corte destacou a relevância da fala do chefe do Executivo ao "garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios (nas estradas do país, que ocorrem desde domingo) e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições".
Ao deixar o Palácio da Alvorada, onde falou à imprensa, Bolsonaro se dirigiu à sede do STF para se reunir com ministros. Entre os oito magistrados presentes na reunião, estava a presidente da Corte, ministra Rosa Weber.
Mais cedo, o presidente havia convidado integrantes do STF para uma reunião no Alvorada, contudo, mesmo os ministros mais dispostos ao diálogo condicionaram o encontro ao aceite de Bolsonaro ao resultado das eleições.
Em um breve discurso, Bolsonaro afirmou que "os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral", e que "manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas". Contudo, colocou-se contra o "cerceamento do direito de ir e vir".
— Nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir — afirmou o presidente.
Leia a íntegra da manifestação da Corte:
Nota oficial do Supremo Tribunal Federal
O Supremo Tribunal Federal consigna a importância do pronunciamento do Presidente da República em garantir o direito de ir e vir em relação aos bloqueios e, ao determinar o início da transição, reconhecer o resultado final das eleições.