Jair Bolsonaro (PL) falou na tarde desta terça-feira (1º), no Palácio da Alvorada, em Brasília, pela primeira vez desde o resultado das eleições de domingo (30). A manifestação do atual presidente aconteceu dois dias depois da definição do pleito que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como novo chefe do Executivo a partir de 2023, e em meio a protestos de apoiadores que têm bloqueado rodovias em todo o país nos últimos dias.
— Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre são bem-vindas, mas nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir — disse Bolsonaro.
Em sua fala, o presidente também destacou as vagas conquistadas pelo PL no Congresso:
— A direita surgiu de verdade em nosso país, e nossa robusta representação no Congresso mostra a força de nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade.
Bolsonaro ainda rebateu críticas sobre tentativas de censura:
— Sempre fui rotulado como antidemocrático, e ao contrário de meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar mídia e as redes sociais. Enquanto Presidente da República e cidadão continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.
Além da imprensa, estiveram presentes no Alvorada, onde um púlpito foi montado no saguão para o pronunciamento, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e diversos ministros do governo Bolsonaro, entre eles, Anderson Torres (Justiça), Paulo Alvim (Ciência e Tecnologia), Victor Godoy (Educação), Joaquim Leite (Meio Ambiente), Daniel Ferreira (Desenvolvimento Regional), Ronaldo Bento (Cidadania), Ciro Nogueira (Casa Civil), Paulo Guedes (Economia) e Marcelo Queiroga (Saúde).
Leia a íntegra do pronunciamento
"Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio, e cerceamento do direito de ir e vir. A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, Pátria, família e liberdade. Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra. Sempre fui rotulado como antidemocrático, e ao contrário de meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar mídia e as redes sociais. Enquanto Presidente da República e cidadão continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição. É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros, que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade, e as cores verde e amarela da nossa bandeira. Muito obrigado."