Um grupo de caminhoneiros realiza manifestação, desde a noite de segunda-feira (31), no acesso às distribuidoras vizinhas à Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), entre Canoas e Esteio, na região metropolitana de Porto Alegre. São dezenas de caminhões-tanque parados na via, paralela à BR-116.
Os manifestantes garantem que não há bloqueio e que a adesão é espontânea. Contudo, nenhum veículo entra ou sai das distribuidoras de combustível que ficam no local.
O protesto começou por volta de 20h de segunda-feira, com a parada do primeiro veículo. O caminhoneiro Alexandre Bastos relata que a mobilização começou em grupos de WhatsApp e que não há interrupção da circulação de automóveis.
— Se alguém quiser entrar, pode. Eu já falei isso pro comandante da Brigada Militar — afirmou o motorista.
Os manifestantes se concentram em dois pontos: em frente à BR Distribuidora, em Canoas, e à Raízen, em Esteio. Na Charrua Distribuidora, também em Esteio, há cerca de 40 veículos parados no pátio, alguns há quase um dia sem circular.
Caminhões são autorizados a abastecer, mas proibidos pelos manifestantes de seguir viagem na Região Metropolitana. O acordo visa liberar espaço nos tanques das distribuidoras, mas não resolve o abastecimento para os postos.
Com isso, há movimentação de veículos na entrada e saída dos locais de carga. Após abastecer, o motorista precisa estacionar novamente no pátio e esperar autorização para seguir.
Uma das empresas de logística, a Best, tem 150 veículos. Com uma média de 30 mil litros por tanque, estima deixar de distribuir 4,5 milhões de litros em um dia sem atividade.