Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade de sexta-feira (4), o superintendente da Polícia Rodoviária Federal no Rio Grande do Sul (PRF-RS), Robson de Oliveira Souza, defendeu a atuação da instituição durante os bloqueios das rodovias no Estado. A PRF foi alvo de críticas durante a semana em razão da postura da corporação diante das manifestações.
— Ocorre que, desde o domingo, quando iniciaram as manifestações, nós nos mobilizamos, trabalhando intensamente desde o dia 30 à noite. Já tínhamos um gabinete de crise, e já passamos a noite de domingo praticamente sem dormir, e a noite de segunda-feira (31) também, então a PRF trabalhou intensamente para tentar desmobilizar — argumentou o superintendente.
Questionado se havia alguma ordem superior para inicialmente não desobstruir as vias, o superintendente negou.
— Não havia nenhuma ordem superior no sentido de "não fazer nada". Ocorre que esses movimentos são complexos, e a ação não é uma ação simples, que simplesmente se resolve no primeiro momento. Nas rodovias estaduais, houve mais pontos de bloqueio do que nas federais, e não foram liberadas imediatamente também. Da mesma forma que nós agimos, o governo do Estado, a Brigada Militar e a Polícia Rodoviária Estadual também agiram, mas não é uma situação que se resolve imediatamente — relatou.
Robson de Oliveira Souza elogiou a atuação da corporação em suas ações. O superintendente afirmou ainda que qualquer eventual violação ou conduta equivocada de algum agente durantes as ações de desbloqueio será investigada.
— A conduta da Polícia Rodoviária Federal foi correta, principalmente no Rio Grande do Sul, que em dois dias conseguimos resolver toda a situação. Qualquer desvio, se houver, tem que ser apurado, mas aqui no Rio Grande do Sul não temos conhecimento disso — acrescentou.
Ouça a entrevista completa abaixo: