A terça-feira (18) de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) foi marcada por compromissos de campanha, faltando 12 dias para o segundo turno das eleições presidenciais. Enquanto o candidato à reeleição realizou comícios em três lugares diferentes, o petista optou por um encontro virtual com comunicadores, além de conceder entrevista a um podcast.
Confira, a seguir, como foi a terça-feira dos dois concorrentes ao Planalto – na ordem do resultado das urnas no primeiro turno.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O petista tirou a terça-feira para cumprir dois compromissos de campanha. O primeiro foi uma reunião virtual com mais de 23 mil comunicadores de todo o país, pela manhã, onde pediu empenho na reta final da campanha para "destruir a máquina de mentiras" criada em 2018 por Bolsonaro.
— Essas eleições dependem muito do esforço de vocês nos próximos dias — pediu o candidato. — Eles gastam muito dinheiro para contar muita mentira e nós gastamos pouco para falar a verdade. Mas, tenho certeza de que a verdade vencerá.
Já na parte da noite, Lula concedeu entrevista para Igor 3K no podcast Flow. Durante a conversa ao vivo, que teve mais de 1 milhão de visualizações simultâneas, o petista mencionou o tema das jovens venezuelanas citadas por Bolsonaro na última semana, afirmando que o presidente teve o "comportamento de um pedófilo".
Lula ainda falou sobre a regulação da imprensa, afirmando que a "democracia tem limites", "que é quando você utiliza a sua liberdade para atingir o outro". Apontou ainda que os bancos públicos devem ser utilizados para dar linhas de crédito para micro e pequenos empreendedores e destacou que ter Geraldo Alckmin (PSB) em sua chapa é para que o seu antigo adversário possa conversar com pessoas que o petista não pode.
O ex-presidente ainda criticou o perfil político do Congresso Nacional, afirmando que o "Brasil não merecia" alguns nomes eleitos para a Câmara e o Senado nestas eleições:
— Ulysses Guimarães dizia: toda vez que a sociedade quer mudar o Congresso e fala que vai mudar, ele muda pra pior. A quantidade de gente que entrou no Congresso nos últimos quatro anos foi muito pior.
Jair Bolsonaro (PL)
O presidente, nesta terça-feira, teve três compromissos de campanha. A primeira foi em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Na cidade, ele afirmou que, caso seja eleito, considera estar em sintonia com a nova formação do Congresso Nacional para aprovar propostas de interesse do Executivo.
— O terreno está asfaltado, está tudo pronto nesse casamento entre o Legislativo e o Executivo — disse, afirmando que serão levadas à pauta do Parlamento "coisas de interesses da nossa pátria".
Depois, Bolsonaro realizou evento com apoiadores em Juiz de Fora, em Minas Gerais. Por lá, ele retomou os principais temas da campanha, como a defesa das ações do governo para pagar o Auxílio Brasil e reduzir o preço dos combustíveis, além de realizar críticas a governos de esquerda no Brasil e no exterior.
— Não tem como fazer milagre, não tem como o Estado dar uma vida magnífica a todo mundo. O grande trabalho do Estado é sempre ajudar aqueles que empreendem, aqueles que investem e aqueles que trabalham — enfatizou.
O último compromisso da maratona de Bolsonaro também foi em Minas, mas, desta vez, na cidade de Montes Claros. Ao lado do governador reeleito, Romeu Zema (Novo), ele, além de tratar das já tradicionais pautas conservadoras, também prometeu dinheiro para obras do metrô em Belo Horizonte, aproveitando para alfinetar Lula:
— Dilma e Lula roubaram nosso dinheiro. E nós vamos dar para Zema o dinheiro pra construir o metrô de Belo Horizonte. Nenhum Estado ficará para trás.