O candidato ao governo do Rio Grande do Sul pelo PSDB, Eduardo Leite, prometeu, nesta terça-feira (11), não privatizar o Banrisul caso seja reeleito. Ao justificar a posição explícita contra a privatização do banco, Leite diz que houve demandas de novos aliados que chegaram a ele neste segundo turno.
— Eu quero falar contigo sobre o Banrisul. Nunca esteve no nosso plano de governo a privatização do banco. Mas, diante de demandas que chegam de quem vem se somando aos apoios a nós neste segundo turno, vou assumir um compromisso mais claro: não encaminharemos o banco à privatização neste próximo governo — diz Leite, no vídeo publicado em redes sociais.
No vídeo, Leite também se antecipa a eventuais críticas por ter prometido, na campanha eleitoral de 2018, não privatizar a Corsan e depois, durante o seu governo, ter encaminhado a venda da companhia:
— Sei que poderá alguém questionar sobre a posição que tivemos em 2018 sobre a Corsan e a mudança de caminho que tomamos no governo. Mas é importante ressaltar que neste caso houve mudança da lei federal que nos impôs essa mudança de visão.
A fala de Leite representa uma mudança de discurso, uma vez que, no primeiro turno, o candidato disse que chamaria a discussão sobre a privatização do Banrisul ou de outros bancos públicos gaúchos. A possibilidade de privatização do Banrisul foi um dos temas da série de reportagens Vida Real, de GZH (clique aqui e leia).
O segundo turno no Rio Grande do Sul tem, de um lado, Onyx Lorenzoni (PL) e, de outro, Leite. No primeiro turno, Onyx se dizia contra a privatização do Banrisul “na atual circunstância do banco”. Neste segundo turno, em entrevista para a Rádio Gaúcha, Onyx reafirmou a posição contrária à venda do banco público, sem condicionantes.