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Em frente ao Museu de Artes de São Paulo (Masp), o presidente eleito com 50,9% dos votos, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), discursou para milhares de apoiadores que se reuniram na Avenida Paulista no final da noite deste domingo (30).
Ao lado de seu vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), além de outros apoiadores, como a ex-presidente Dilma Rouseff (PT), o candidato derrotado ao governo de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e a senadora Simone Tebet (MDB), o presidente eleito iniciou o discurso falando das dificuldades da corrida eleitoral.
— Foi a campanha mais difícil da minha vida. Não foi uma campanha de um homem contra outro, foi uma campanha de quem ama a democracia contra quem é a favor do autoritarismo — declarou.
O petista agradeceu todo o apoio que recebeu durante a campanha e saudou os presentes no local e os seus eleitores espalhados pelo país. Mas também alertou para os desafios que enfrentará pela frente durante a transição de poder.
— Não é uma vitória só minha. É uma vitória de todas as mulheres e homens que acreditam na liberdade e na democracia. A razão da minha vitória foi a dedicação de quem acreditava na possibilidade de recuperarmos esse país. Estou metade alegre e metade preocupado, pois a partir de amanhã preciso começar a me preocupar em como vamos governar esse país. Preciso saber se o presidente que derrotamos irá permitir uma transição tranquila — pontuou, se referindo a Jair Bolsonaro (PL), que ainda não se manifestou após o pleito.
Lula ressaltou que a partir de agora irá avaliar e pensar nos nomes para ocupar os cargos em seu governo. O petista afirmou que ainda precisa "conhecer a máquina" que assumirá e "escolher bem" seus aliados.
— Fui eleito para governar para 215 milhões de brasileiros. Vou governar para todos sem distinção, mas as pessoas precisam saber: são os mais necessitados que receberão a política mais influente do meu governo — completou, reafirmando que as pautas sociais terão mais relevância durante sua gestão.
Cultura
O presidente eleito afirmou que, durante seu governo, investirá em cultura para o povo brasileiro e recriará o ministério do setor, pauta que já afirmava durante sua campanha. Lula também prometeu mais investimentos em educação e que os programas universitários, como o Prouni e Fies, ganharão força.
— A cultura vai voltar muito forte para esse país. Vamos recuperar o Ministério da Cultura, para que a cultura se transforme em algo de comum acesso, que gere emprego e renda. Quem tem medo de cultura é quem não gosta do povo, de liberdade e democracia. Ninguém vai me dizer que não podemos colocar dinheiro na educação. Investir na educação não é gasto, é investimento — defendeu.
Ao final do discurso, Lula parou para abraçar a ex-presidente Dilma Rouseff e caminhou pelo trio elétrico para cumprimentar apoiadores de todos os lados.
— Foi uma campanha da democracia contra a barbárie. Não há nada nesse mundo que vá me fazer esmorecer, esse povo tem que voltar a sorrir — finalizou